em 23 de fevereiro de 2023
A publicidade na TV aberta é uma grande influenciadora na vida dos brasileiros. Apesar de passar por um novo momento, com tecnologias surgindo, não podemos negar o potencial de alcance que as mídias tradicionais, como o jornal impresso, o rádio e a TV trazem aos anunciantes.
Muitos anunciantes optam pela veiculação de publicidade na televisão, mas você já sabe qual é o melhor caminho a ser escolhido, se TV aberta ou TV por assinatura? Antes de tomar essa decisão, você precisa olhar atentamente para o seu público e se perguntar quem ele é e onde ele está.
Com alcance poderoso e influência duradoura, as mídias tradicionais continuam sendo uma força a ser considerada pelos anunciantes. Imagem: Reprodução/ iStock
Presente no dia a dia de quase 97% da população, considerando as 15 principais regiões metropolitanas brasileiras, e destes, cada domicílio possui ao menos um aparelho de televisão.
Além de se consolidar como meio de maior alcance, menor custo por ponto e menor impacto nas vendas e escala em massa.
Em um minuto no ar, durante a faixa de horário nobre, aproximadamente 20 milhões de pessoas são atingidas pela TV aberta. Pense em quanto tempo seria necessário para que esse conteúdo atingisse a mesma quantidade de pessoas na internet. Ainda que o alcance seja rápido, ele certamente leva mais de 60 segundos.
A televisão foi inaugurada em 1950 e em 1972 passou a exibir cores. De lá para cá, ela tornou-se sinônimo de proximidade com o público, marcando presença na maioria dos lares brasileiros e democratizando a audiência.
Do preto e branco à cor, a TV tornou-se a convidada de honra em nossas festas familiares. Acompanhando nossa história, democratizou a audiência e levou o mundo até nós. Imagem: Reprodução/ iStock
Afinal, o que seriam de muitos eventos, como a Copa do Mundo, por exemplo, se não fosse a TV aberta?
O consumo televisivo aumentou devido ao fenômeno da segunda tela. Mini TVs, TVs em automóveis e a possibilidade de assistir programas de uma emissora direto do celular multiplicam o alcance do meio TV.
Atualmente existem dois tipos de TV aberta, a TV aberta analógica e a TV aberta digital.
A TV aberta analógica é aquela mais antiga, que nasceu com a televisão, em 1950. Ela precisa de uma antena VHF ou parabólica, que esteja conectada ao aparelho de TV para funcionar.
Quem lembra da época em que precisávamos ajustar a antena para conseguir assistir aos programas preferidos? Imagem: Reprodução/ iStock
Já a TV aberta digital necessita de uma antena UHF que precisa ser conectada diretamente ao televisor com conversor integrado. Além disso, ela possui uma imagem sem chiados e ruídos, e possibilita que o sinal possa ser assistido em aparelhos móveis, com interação e em HD.
A televisão aberta consegue atingir audiência em massa com apenas um único anúncio. Sua audiência possui públicos de todos os nichos, sobretudo, devido ao caráter mais popular que essa mídia possui.
Por não ter uma grade de programação própria de um segmento específico, ela consegue atrair pessoas que possuem interesses diversos.
Um único anúncio na televisão aberta pode alcançar uma audiência diversa e abrangente. Imagem: Reprodução/ iStock
A TV aberta é o formato mais consumido pelos brasileiros, quando comparada a TV por assinatura e aos serviços de streaming.
Entre os fatores que contribuem para isso estão: a televisão aberta é veiculada gratuitamente, está inserida no dia a dia da população há muito tempo – mais de 70 anos, e conseguir chegar em locais remotos, onde outras mídias não se fazem presentes.
Além disso, todos esses anos de história proporcionaram a TV aberta a criação de um vínculo emocional com o telespectador, afinal esse foi o grande start para que um meio de comunicação com tão grande alcance estivesse presente em muitos lares.
Um vínculo emocional com o telespectador que atravessa gerações e lares, consolidando-se como o meio de comunicação mais popular e presente na rotina do brasileiro. Imagem: Reprodução/ iStock
O público da TV aberta possui esse caráter mais apegado ao meio, devido ao formato, e esse teor mais popular, já que esse é um canal que busca alcançar todos os segmentos.
Um estudo realizado por uma empresa brasileira de pesquisas de mercado, opinião e política apontou que o brasileiro passa 6h19 minutos assistindo TV, uma média de 3h22 minutos a mais do que a média mundial.
Embora anunciar na TV tenha seu alto custo, ela ainda é o meio mais influente e que os consumidores mais confiam. Ela combina o estímulo visual e auditivo, fornecendo uma visão mais realística do produto, permitindo que ele seja apresentado e testado para o público.
A publicidade na TV aberta é o meio de comunicação que mais recebe investimento em mídia. De janeiro a setembro de 2022, ela registrou faturamento publicitário no valor de R$ 6.072.221 e um share de 44,5%, desbancando todos os outros meios. É o que revela o último relatório publicado pelo Fórum de Autorregulamentação do Mercado Publicitário.
Levantamento do investimento em mídia realizado pelo Cenp-Meios. Imagem: Cenp-Meios/ Reprodução: Mídia Market
Se essa é uma vantagem da TV aberta, em contrapartida, é também uma desvantagem. Pois em quanto ela consegue atingir uma ampla variedade de públicos, pode ser que nem todos esses espectadores estejam interessados no produto ou serviço que você tem a divulgar.
A TV por assinatura ou a cabo, como é conhecida popularmente, é a TV que oferece uma variedade de canais por meio do pagamento de uma mensalidade.
Vale mencionar que a TV por assinatura dá acesso tanto aos canais abertos, quanto aos canais fechados. Imagem: Reprodução/iStock
Seu sinal chega por meio de uma antena parabólica especial ou de um cabo que é conectado ao decodificador, que por sua vez, é conectado ao televisor.
Existem dois tipos de serviços para TV por assinatura, a TV digital por assinatura e a TV digital HD por assinatura. Nesta última, a programação chega até os lares em alta definição.
A grande vantagem da televisão por assinatura está centrada nos espectadores, já que ela permite a possibilidade de atingir públicos específicos, restringindo o foco demográfico da inserção.
Essa é a grande sacada da TV por assinatura: anunciar onde o público está. E esse telespectador da televisão paga pode ser dividido em nichos, como os que amam esportes, culinária, novelas, reality shows, telejornais, documentários e muitos outros gêneros.
Antes, para vender mais, aumentávamos a área de vendas, hoje precisamos aumentar a área de pesquisa, para entender o que é que o público mais gosta de acompanhar.
Essa é uma chance única para inserir uma publicidade que vá de encontro com o interesse do consumidor, captando sua atenção. Imagem: Reprodução/iStock
Estratégias de merchandising e Product Placement, por exemplo, são formas de inserir marcas, produtos ou serviços de maneira sutil, ou natural em programas televisivos ou streamings.
Apesar de sua capacidade de segmentação e a ampla variedade de conteúdos, a TV por assinatura possui um custo de aquisição relativamente alto, para a população em geral. Por conta disso e da popularidade da televisão aberta, muitos consumidores não se aproximam desse formato.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) revelou que o número de assinaturas de TV paga era de 13,86 milhões em junho de 2021. Número que apresentou uma queda relativa considerando que desde 2012, os índices estavam acima dos 15 milhões.
TV por assinatura perde popularidade devido a mensalidades caras, mas operadoras mantêm clientes fiéis. Imagem: Reprodução/iStock
Apesar dessa queda, operadoras que oferecem esses serviços por meio de uma assinatura, como Claro Net, Oi e Sky ainda mantém clientes fiéis.
Segundo dados do site “Minha operadora”, a Claro possui hoje 6,23 milhões de assinantes, a SKY 8,04 milhões, a Oi 2,07 milhões e a Vivo 1 milhão.
Agora que você já sabe quais são as vantagens e as desvantagens de anunciar em cada um desses meios, chegou o momento de escolher qual é a melhor opção para o seu negócio.
Conheça seu público e escolha o meio de publicidade certo para o seu negócio. Imagem: Reprodução/iStock
O próximo passo é olhar para o seu produto e seu serviço e entender se ele é mais popular ou segmentado. Por exemplo, se você for dono de uma rede de supermercados e estiver em dúvida entre anunciar na TV aberta ou TV por assinatura, pense em quais pessoas o seu negócio atinge.
Um supermercado atinge quase todos os públicos e possui esse apelo mais popular, diferente de uma loja de produtos esportivos, na qual seria mais proveitoso anunciar em canais da televisão fechada voltados para o gênero esportivo.
