Anunciar na rádio: spot, vinheta e jingle

Spot, jingle, vinheta e texto-foguete, conheça os formatos e os objetivos de cada uma dessas opções publicitárias ao anunciar na rádio.

Luiza Telexa

em 28 de julho de 2022

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    Você sabe o que é spot? Jingle? Vinheta? Ou texto foguete? Todos esses termos são formas de anunciar na rádio. Na prática, cada um desses formatos vai atender a um objetivo da sua estratégia e nesse artigo você vai conhecer cada um deles e as suas diferenças.

    Entre os formatos que vamos apresentar, existem duas categorias: os anúncios no rádio podem ser comerciais ao vivo ou comerciais gravados. Os comerciais gravados podem ser veiculados durante os programas, com horários estabelecidos, ou inseridos ao longo dos intervalos da programação. Enquanto os comerciais ao vivo são lidos ao vivo pelo locutor/apresentador e podem se tornar comerciais gravados.

    Spots

    Os spots publicitários são peças sonoras curtas, seu tempo de duração pode variar entre 15, 30, 45 e 60 segundos e o principal objetivo é fixar a mensagem do anúncio na mente do público.

    Narrados por um locutor, que usa recursos sonoros e a própria entonação da voz para convencer o ouvinte, os spots podem ser utilizados na divulgação de promoções, ofertas relâmpago, lançamentos, ou comunicados importantes para o seu público. As possibilidades aqui são muitas. 

    Confira um spot veiculado pela Unimed do Espírito Santo. Repare como a mensagem é passada de forma criativa, mas direta. E, como a voz do locutor e as músicas escolhidas para o ambiente e sons que são usados como elementos, tem a ver com a mensagem a ser passada.

    A mensagem precisa ser objetiva, mas alguns elementos são indispensáveis no spot, como o nome da empresa ou instituição. Além disso:

    1. Crie um spot atrativo, que faça o ouvinte prestar atenção até ao final do anúncio. 

    2. Informe a principal motivação do spot logo nas primeiras frases, seja direto. 

    3. Faça bom uso dos seus principais recursos nesse caso: o roteiro, a entonação da voz, a trilha e os efeitos sonoros. 

    Vinhetas

    As vinhetas no rádio são as assinaturas sonoras das marcas, a duração pode variar entre 2 a 30 segundos, e as vinhetas são impulsionadoras do slogan (institucional ou comercial) de uma marca/empresa.

    O objetivo das vinhetas é gerar autoridade a sua marca por meio da memorização sonora: as vinhetas vem acompanhadas de sons característicos. A grande sacada é que ao ouvir esse conjunto de sons, o público associe ele à sua marca, sem a ajuda de recursos visuais, apenas som.

    Um bom exemplo de vinheta de sucesso é o da Walt Disney. Ainda que a vinheta não venha carregada de palavras, apenas pela combinação instrumental de sons é possível identificar que se trata de um filme da Disney.

    Outro exemplo, que os nascidos nos anos 90 vão identificar, é a famosa vinheta de inicialização e encerramento do Windows XP. O som característico da rede de sistemas operacionais se inseriu e é marcante no imaginário de vários usuários.

    A vinheta ajuda na construção imagética de uma marca, ainda que não use recursos visuais.

    Jingles

    Já os jingles, são peças publicitárias veiculadas em formato musical. Músicas “chicletes” produzidas especialmente para os comerciais, e que são facilmente memorizáveis.

    Essas inserções precisam ser musicadas, fáceis de lembrar, conter frases repetitivas e vocabulário simples, pra facilitar o entendimento. A duração varia entre 15 a 30 segundos e os jingles precisam conter uma melodia alegre e que converse com o público do seu anúncio.

    Lembre-se que fazer paródias com ritmos de músicas já conhecidas também pode ser uma ótima alternativa.

    Um dos exemplos de jingles mais famosos do Brasil é o Guaraná Dolly. Por mais que você nunca tenha bebido o refrigerante, é pouco provável que não conheça a música “Dolly, Dolly Guaraná , Dolly, Dolly Guaraná, o sabor brasileiro…”.

    Pipoca e Guaraná” de Guaraná Antarctica também marcou épocas. Só de escutar a letra do jingle você já sente vontade de tomar um Guaraná Antarctica acompanhado de uma pipoquinha. A música caiu tanto no gosto do público, que 12 anos depois, a marca lançou um remake da versão lançada em 2008.

    Outro exemplo de jingle memorável são os pôneis malditos da Nissan, desenvolvidos pela agência Lew’Lara\TBWA. A campanha desenvolvida em 2011, em apenas 5 dias atingiu a marca de 3,5 mi de visualizações no Youtube. Apesar de o link oficial já não estar disponível online, uma série de vídeos de reação e paródias ainda podem ser encontradas, mostrando a força do jingle até hoje.

    Texto foguete

    O texto foguete é semelhante ao spot. O seu objetivo também é transmitir uma informação de maneira objetiva, mas ele é bem mais curto. Geralmente é uma frase, mencionada durante a transmissão de eventos (jogos esportivos, carnaval) ou em um “respiro” de programa, por exemplo.

    Sabe quando você está sintonizado, ouvindo uma partida de futebol, e a bola sai pela linha de fundo, e o goleiro tem que cobrar o tiro de meta? Então, até que a bola volte a jogo, já se passaram mais de 6 segundos. É aí que entra o locutor com um “Hospital Viver Bem: há 70 anos sendo referência em cuidado” ou “Fiat: a paixão move, o que te move?”. Esse é o texto foguete.

    No case abaixo, é possível conferir um exemplo de texto foguete veiculado durante uma partida de futebol da Copa do Nordeste. Durante o jogo, o locutor faz a seguinte introdução: “Rede, ligada no Nordeste, ligada no seu negócio”.

    Anunciar na rádio: boas práticas para produzir ações publicitárias

    Com o avanço das ferramentas tecnológicas ficou cada vez mais fácil produzir o próprio spot, jingle ou vinheta do conforto de casa, mas lembre-se que se você quiser alcançar resultados de alta qualidade e confiáveis, o mais indicado é procurar ajuda profissional.

    Pensando nisso, aqui vão algumas dicas que devem ser levadas em consideração na hora de desenvolver o seu spot, seu jingle e sua vinheta.

    • Roteiro conciso: Ele precisa ser curto, afinal você só tem alguns segundos para transmitir as informações, e precisa ser criativo, de maneira que o seu espectador ao escutá-lo se conecte ao que está sendo reproduzido. Essa dica é fundamental, pois no caso do spot e do jingle, o seu roteiro precisa ser muito bem desenvolvido.
    • Tom de voz: É extremamente importante que a forma como o locutor vai repassar a as informações, seja por meio da entonação e da escolha de palavras, esteja alinhada ao tom de voz do conteúdo e do público de interesse do anúncio. Se o locutor estiver transmitindo um spot sobre a inauguração de um novo espaço, por exemplo, ele pode fazer o uso de jargões típicos da área.
    • Trilha sonora: A trilha sonora é outro ponto bem importante, pois ela ajuda a tornar o anúncio personalizado. Imagine que o locutor vai reproduzir o spot sobre a inauguração do lava-jato. Um barulho de motor de carro, ou de buzina tornaria o comercial ainda mais chamativo aos ouvidos de quem acompanha, além de o deixar mais singular, uma vez que o conjunto trilha sonora + tom de voz + roteiro bem definido = anúncio bem estruturado.
    • Seja impactante e criativo: É durante os primeiros segundos de veiculação do anúncio que o ouvinte vai se conectar com a sua mensagem. Por isso você precisa captar a atenção dele logo no primeiro momento, para que ao longo do comercial ele não se disperse. Busque impactar o seu prospect e seja criativo. Por meio de seus anúncios leve-o a imaginar as situações que está escutando, tente tornar aquela experiência sonora o mais palpável possível.
    • Mantenha constância: Mantenha frequência adequada na veiculação do anúncio. Sabe o que todas as peças publicitárias que fizeram muito sucesso tem em comum? constância. Elas estavam sempre presentes nas inserções entre os breaks da programação. O comercial não precisa veicular durante todos os intervalos, evidentemente, até porque, dessa forma ele se tornaria cansativo. Mas ele precisa estar sempre lá, marcando presença.

    Radiodifusão e a adaptação às novas formas de consumo

    A presença da interconectividade em quase tudo o que fazemos modificou a forma como nos relacionamos e consumimos conteúdo, e com o rádio não foi diferente.

    O rádio é um dos meios de comunicação que se adaptou às constantes transformações que os veículos de comunicação enfrentam, sobretudo, em decorrência da remodelação dos hábitos de consumo da sociedade.

    Em 7 de setembro de 1922 o primeiro sinal de radiodifusão era transmitido no Brasil. E para comemorar o centenário de independência do país, o então presidente da república, Epitácio Pessoa, discursou para toda a população.

    De lá para cá, 100 anos se passaram, e o rádio se tornou o fenômeno que conhecemos hoje. E se você pensa que ouvir rádio é coisa do passado, saiba que está enganado!

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    A Rádio Sociedade, atual Rádio MEC, foi a primeira rádio do Brasil. Fundada em 1923 por Edgar Roquette-Pinto, conhecido como o “pai da radiodifusão brasileira”. O intuito da rádio era informar de forma educativa e cultural a sociedade. Imagem: Reprodução/ Acervo EBC

    Segundo um estudo realizado por um instituto global de pesquisa em inteligência de mídia, 28% das pessoas que escutam rádio afirmam que “ter a possibilidade de escutar rádio online modificou a forma como eles escutam rádio”.

    Esse é um dos grandes pontos de destaque da rádio – a sua capacidade de entregar conteúdo de valor e de conseguir se manter como um dos meios de maior alcance, seja no dial (AM, FM), seja na sua presença no digital (rádio online), ou, nos dois formatos.

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    Segundo métricas do mesmo estudo, o consumo de rádio online cresceu 186% em 2021 em relação a 2019 – dado que aponta a potência do meio no segmento cibernético. Imagem: Reprodução/Istock

    Após entendermos que a rádio não se manteve estática, mas sim, aninhou suas funções às diferentes formas de interação que o espectador pedia, fica mais fácil compreender os benefícios que essa interconectividade trouxe.

    A publicidade no rádio, que já era muito forte, ganhou ainda mais destaque, uma vez que os ouvintes da rádio digital veem a internet como uma aliada na hora de fazer compras.

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