em 19 de junho de 2023
As fakes news e a grande sobrecarga de informações que se disseminam diariamente pelos veículos nos fazem buscar referências em fontes que possuam credibilidade e sejam confiáveis, como é o caso por exemplo, da mídia impressa.
Há 10 anos atrás o futuro dos jornais digitais era colocado em pauta, dando fim a era do “monopólio da informação”. Nascia, então, uma discussão em torno da continuidade ou não da circulação física, já que o universo digital despontava entre a Geração Z com grande força.
Hoje podemos encontrar conteúdo na internet a um clique, e os modelos tradicionais de comunicação precisaram se adaptar para acompanhar os hábitos de consumo da sociedade, mas sem perder a essência.
Entender como as pessoas estão consumindo é importante para que pontes sejam construídas a fim de suprir essa demanda, o que muitas vezes envolve uma revisão nos produtos e serviços de uma empresa.
E é nesse meio que entra o jornal impresso como o conhecemos. Apesar da circulação impressa do jornal ter apresentado uma queda nos últimos anos, há uma tendência que vem ganhando mais força, estamos falando da migração do jornal impresso para as telas.
São muitos os locais por onde as pessoas têm consumido notícias na internet, como os próprios portais de notícias, influencers, newsletters, redes sociais, vídeos, mídia display, anúncios e até mesmo pela própria mídia espontânea.
Um terço dos estadunidenses recebem notícias regularmente do Facebook, enquanto cerca de um em cada cinco recebe regularmente notícias do YouTube. Twitter e Instagram são fontes regulares de notícias para 13% e 11% dos estadunidenses, respectivamente, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center, nos Estados Unidos.
Reddit (7%), TikTok (6%), LinkedIn (4%), Snapchat (4%), WhatsApp (3%) e Twitch (1%) também foram algumas das plataformas que figuraram entre os respondentes.
Os jornais, por exemplo, também passaram a produzir outros produtos digitais para atender essa demanda, além das notícias, como podcasts, séries de vídeos e uma presença ativa nas redes sociais.
Todos esses ativos contribuem para tornar a relevância dos jornais online mais concreta e fidelizada nos meios digitais, bem como entender o interesse e perfil do consumidor desses canais.
O consumo de notícias pela internet ganhou o mundo, e a venda de assinaturas online dos jornais confirma essa crescente. A circulação de jornais impressos teve uma queda de 16,1% ao longo de 2022, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Poder360 e o IVC.
O número de leitores dispostos a pagar para ler notícias online cresceu, de acordo com o Digital News Report, desenvolvido pelo Instituto Reuters da Universidade de Oxford (2020).
Na América Latina, o Brasil lidera o consumo de notícias online. Cerca de 96% da população consome conteúdos jornalísticos em seus dispositivos. Mostrando que o Brasil está acima da média global que é de 90%, de acordo com uma pesquisa realizada pela Comscore.
A pesquisa também apontou que o Instagram é a rede social favorita dos usuários para consumir conteúdos noticiosos, representando 64% das interações. E o Twitter é a rede social mais utilizada pela imprensa para compartilhar notícias.
Um bom exemplo de como esse crescimento do consumo de assinaturas digitais vem crescendo e alcançando bons resultados é o caso do The New York Times, jornal diário estadunidense, fundado e publicado em 1851.
De lá para cá o periódico não ficou parado no tempo e se tornou um fóssil, pelo contrário, ele aproveitou as transformações que a sociedade sofreu para mudar também e continuar cada vez mais relevante.
Atualmente o The New York Times bateu a marca de 9 milhões de assinaturas digitais em sua versão online do tradicional material impresso.
Para tentar compensar a queda do material tradicional, essa foi a alternativa desenhada pela equipe do jornal. Além das notícias, o conteúdo online também vem acompanhado de um pacote utilitário, que conta com aplicativos de culinária e jogos, todos, assim como o conteúdo factual, a um clique de distância.