5 principais tendências de branding para 2023

Fique por dentro das maiores tendências de branding para 2023 e se diferencie da concorrência.

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em 25 de maio de 2023

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    Para ajudar você na construção das estratégias de branding da sua empresa, preparamos as 5 maiores tendências de branding para 2023 que vão te manter à frente da concorrência.

    1) Marcas que priorizam o ativismo

    As marcas representam hoje um papel de extrema importância no que diz respeito à responsabilidade social no meio em que estão inseridas.

    O cliente em potencial se importa com marcas que causam algum impacto na sociedade. 88% dos consumidores acreditam que as empresas podem influenciar de alguma forma a mudança social, segundo a Future by OnePulse.

    O Brasil Atacadista, por exemplo, em parceria com a prefeitura e outras marcas, realiza o Adocão, uma feira onde gatos e cachorros podem ser adotados e encontrar um novo lar.

    Essa é uma tendência que já se faz presente em 71% dos consumidores que compram de organizações que compartilham de suas causas, de acordo com a Consumer Culture Reporter.

    A sociedade tem passado a pressionar marcas e organizações para se posicionarem frente às questões políticas e sociais. E a premissa do ativismo presente dentro dos valores de uma marca ou brand activism, como também é chamado, diz muito mais respeito à ideias do que a estilo.

    As marcas precisam construir valor e mostrar para o que vieram, qual é o seu papel e o que elas querem cumprir. 46% de todos os consumidores dizem que as marcas têm ideias melhores para resolver os problemas do que o governo, segundo a Edelman.

    tendencias de branding

    A Nike, por meio do projeto global “Made to play”, possibilita que  muitas crianças tenham acesso ao esporte, principalmente meninas que residem em comunidades marginalizadas. Imagem: Reprodução/ Everybody Consulting

    O papel do brand activism é tão importante, pois ele aborda questões sociais atuais, oferece soluções para os problemas humanos, conquista as pessoas e as envolve em torno de um só coração.

    Esse crescimento, em boa parte, se deve a Geração Z – provavelmente mais de 60% deles irão parar de comprar de marcas que não atendem seus valores pessoais, de acordo com um estudo realizado pela Attest.

    No relatório “Brand trends 2023”, Ana Couto, CEO da agência de mesmo nome, ressaltou que o ativismo de marca nada mais é do que uma forma visual de dizer “eu faço o que falo”.

    E quando há uma diferença entre os valores professados pela marca e o que ela de fato faz, a incoerência no discurso é gritante para o consumidor.

    2) Uso da tecnologia

    Não é possível falar de tendências e do futuro sem falar de tecnologia. Ainda mais em um mundo onde a inteligência artificial tem se tornado a pauta da vez.

    Agora que a quantidade de ferramentas robóticas e assistentes tem crescido cada vez mais, o processo de criação não será mais o mesmo.

    Com certeza você já ouviu falar no ChatGPT, a ferramenta que produz textos a partir de instruções, ou do DALL-E, o gerador de imagens geradas a partir da IA. Pois bem, essas são apenas duas das muitas ferramentas que têm auxiliado empresas e criadores de conteúdo, quando utilizadas para fins favoráveis.

    Fundo preto com roteiro de viagem para Paris, gerando pela inteligência artificial do ChatGPT

    Nesta imagem podemos ver um exemplo de resposta do ChatGPT à informação pedida. Imagem: Reprodução/ OpenAI

    A inteligência artificial ou IA é uma inteligência executada por máquinas e sistemas, criada para executar tarefas que são geralmente associadas a inteligência humana. Seu uso pode ser uma mão na roda para as empresas, se usada de maneira assertiva e prudente.

    Para ter uma noção, o mercado de inteligência artificial já começou enorme e a previsão é de que ele siga acelerado.

    Imagem: Reprodução/ the bizness

    Toda essa tecnologia parece mágica e nos leva a se sentir de fato, no futuro, e uma vez que elas adentraram o campo da criação, é impossível excluí-las de todo esse processo. É por isso que as coisas não são mais as mesmas e a tendência é que cada vez mais ferramentas sejam criadas e se popularizem.

    3) Nostalgia, cultura do conforto e influência da cultura pop

    O conforto de saber o final explica porque assistimos “Friends”, “How I Met Your Mother” ou “The Office” tantas e tantas vezes, mesmo tendo muitas outras opções em diferentes serviços de streaming.

    A tendência que ganhou grande força durante o período de isolamento social, se instaurou na vivência de grande parte da sociedade. A sensação de insegurança que a pandemia nos trouxe, nos fez buscar refúgio em lugares já conhecidos, e isso se refletiu na forma como consumimos.

    Quando a marca leva o consumidor de volta a uma era específica, sejam os anos 1920 ou 2000, este consegue se espelhar nas coisas do passado e se conectar com momentos pelos quais já passou.

    A Renault, por exemplo, trouxe toda a atmosfera do desenho “A Caverna do Dragão” para dentro de sua campanha, que arrancou o suspiro de muitos fãs do clássico.

    Mas nem só de conforto é feita a nostalgia. Parece que a gente perde o interesse pelo novo, quando se prende demais a nostalgia. Ao mesmo tempo que o futuro da tecnologia fica mais próximo, um retorno ao passado domina a nossa forma de se comunicar, consumir e agir.

    Essas referências estão tão presentes nas roupas que vestimos, nos acessórios que usamos, no que decidimos comprar, assistir, ler ou ouvir.

    A pandemia e a sensação de insegurança trouxe à tona o descontrole na qual estávamos inseridos, vem daí a vontade de retornar ao que já conhecemos, ao que já nos é familiar e seguro, aquilo que já sabemos que vai acontecer.

    Os livros, séries, filmes e programas também nos trazem essa sensação leve e agradável. Por isso é cada vez mais comum ver spin-offs sendo lançados de séries já consolidadas entre o grande público, como “House Of The Dragon”, “Raven’s Home” ou “Queen Charlotte: A Bridgerton Story”.

    Persistir em memórias que despertam um senso familiar de alívio, trouxe para as marcas views e engajamento. Imagem: Reprodução/ Reddit

    Ou as reuniões que reúnem elencos de grandes produções, como “Harry Potter – 20 anos de magia: De Volta a Hogwarts” ou “Friends: The Reunion”.

    Conseguimos retornar a esse período onde as coisas eram relativamente mais simples, e falando da relação que temos com o consumo, isso se torna muito mais palpável, já que hoje podemos comprar a camisa do nosso personagem favorito, e quando criança tudo que podíamos fazer era desejar.

    Mas nem só de conforto se fala, afinal essa nostalgia também se reflete nas roupas que vestimos e acessórios que usamos.

    Enquanto a mídia é influenciada pela estética do século passado, os jovens e adolescentes dessa geração são influenciados pelo modo de vestir das décadas de 90 e dos anos 2000.

    @laraadkins my jaw dropped when I found the knit dress 🥹 #vintage #thrifthaul ♬ Jump To The Rhythm – Jordan Pruitt

    As comédias românticas dessa época são inspirações de estilo. Enquanto alguns objetos são indispensáveis para a Gen Z, como por exemplo, as câmeras analógicas, a estética traz à tona a volta da calça de cintura baixa, roupas estampadas, bandanas, óculos e presilhas coloridas.

    4) Redes menos sociais e nutrição social

    As redes sociais têm se afastado cada vez mais daquela ideia de “círculo social” e se tornado um lugar onde as pessoas buscam por entretenimento, fazem pesquisas e mantém uma rede privada de interação.

    Pense na sua conta do Instagram, por exemplo. Será que ela é privada ou aberta ao público? Será que você possui algum grupo com mais duas pessoas no app, onde compartilha um conteúdo que não deseja compartilhar com mais ninguém? E o que falar dos melhores amigos, então?

    Por mais que sua maior defesa seja o fator privacidade, o que é um fator plausível, isso exemplifica muito bem como temos nos tornado cada vez menos sociais dentro desses espaços, que foram criados para isso.

    As redes passaram a assumir hoje um papel de propagadoras de conteúdo e não mais de interação social. Imagem/reprodução: iStock.

    Por outro lado, essas mesmas redes se tornaram um local onde o usuário pode escolher o que consumir, o que também não deixa de ser um direito. Mas se antes consumíamos para interagir com as pessoas, hoje consumimos para nos mantermos entretidos.

    Nos nutrimos do que queremos, conforme os algoritmos nos entregam, o que explica por que muita coisa foi parar no TikTok

    E foi nessa pegada que muitas marcas entraram de cabeça para estarem presentes nessas redes. Afinal, ao proporcionarem entretenimento eficaz para o usuário, elas têm a chance de fidelizá-lo ou mantê-lo sempre por perto.

    Outro ponto que merece atenção é que as redes sociais se tornaram um local de buscas de marcas da parte dos internautas.

    Uma pesquisa realizada pela Hootsuite revelou que pessoas entre 16 e 24 anos utilizam as redes sociais para buscar marcas, mais do que ferramentas de busca.

    O gráfico compara por idade a intenção de busca por marcas nas redes sociais e nas ferramentas próprias para isso. Imagem: Reprodução/ Bits to Brands 

    5) Branding x Marketing de performance

    Essa é uma tendência que vem ganhando bastante destaque dentro das reuniões de planejamento de uma empresa, afinal, é preciso encontrar um ponto de equilíbrio nos investimentos em branding e marketing de performance.

    Se para o consumidor parece não ter diferença, quem está do lado de cá sabe que cada  decisão precisa ser tomada com muito cuidado.

    O branding é importante para gerar humanização e conexão com o consumidor, a longo prazo, já que sua função é construir uma marca forte. Já o marketing de performance, como o nome sugere, é movido por vendas, em um período de curto prazo.

    O fato é que um precisa do outro. Um consumidor não compra de uma empresa simplesmente por comprar ou por ter visto um anúncio. Ele compra por confiar nessa marca, o que é branding. Imagem: Reprodução/ iStock

    A Adidas, que passou por uma crise em sua gestão de marca, após ter destinado 77% de seu investimento para a performance, e apenas 23% para o branding, explica que precisou passar por uma reformulação que a levou a aperfeiçoar a chamada “regra 60/40”, que é uma das propostas de proporção ideal de investimento em branding versus a proporção ideal de investimento em performance.

    Assim, a varejista conseguiu aos poucos reverter essa situação, já que hoje a empresa entende a importância de investir em campanhas a longo prazo.

    No vídeo acima, você pode conferir o bate-papo completo no episódio #01 do Mídia Market Podcast sobre “Branding versus Marketing de Performance”, com Galileu Nogueira, estrategista de branding, que já trabalhou com marcas como Airbnb, Uber e P&G.

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