Conteúdos que convertem: conheça a estratégia

Steal the Look, Inspire, Shopsense e Canaltech: descubra como essas e outras empresas estão criando conteúdos que convertem.

Ane Lima

em 11 de dezembro de 2024

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    A internet se tornou uma fonte de informações, opiniões e sugestões. Todos os dias, nos deparamos com uma infinidade de pontos de vistas e ideias que podem ou não, facilitar nossa vida.

    E se tem uma estratégia que vem conquistando negócios de muitos ramos, é a compra de itens por meio de conteúdos que convertem.

    Basicamente, estamos falando de aplicativos, blogs e plataformas online que passaram a veicular conteúdos interessantes, didáticos e que ao mesmo tempo indicam produtos e serviços específicos para o consumidor.

    Nesta imagem podemos ver uma moça mexendo em seu computador a procura de conteúdos que vendem.

    Não se trata de produzir qualquer material, mas sim, um conteúdo que seja interessante para o público, e que o leve a pensar em você quando a necessidade de comprar algo que você venda surgir. Imagem: Reprodução/ iStock

    O objetivo desses publiposts (publicações com caráter publicitário) é gerar tráfego para as marcas através de conteúdo, para que o cliente veja um produto em alguma review e chegue até o e-commerce da marca por meio do conteúdo que ele consumiu.

    Plataformas como o Steal the Look, Amazon Inspire, Vitrine M, Canaltech e Shopsense são exemplos de negócios que implementaram esses formatos em suas abordagens.

    Afinal, é muito mais fácil comprar de alguém que você confia. E poder comprar um produto após receber uma dica do seu blog preferido, certamente traz segurança na hora de efetuar essa compra.

    Nesta imagem podemos ver a tela de um celular e uma pessoa que está a ponto de efetuar uma compra.Essa compra pode ser impulsionada por meio da produção de conteúdo comprável.

    Essa estratégia possui algumas semelhanças com o marketing de influência, já que muitos consumidores compram com base na opinião de influenciadores que confiam. Imagem: Reprodução/ iStock

    A diferença é que essa indicação de conteúdo não é exclusiva para uma marca, pelo contrário, há espaço para muitas, já que o público não consome só de uma empresa específica, mas sim de muitas outras.

    Vamos entender juntos como funcionam algumas das plataformas que utilizam essa estratégia.

    Inspire – Amazon

    O “Inspire” é um feed de compras que está inserido dentro do aplicativo da Amazon. Ele é personalizável e se ajusta de acordo com os segmentos que o consumidor deseja ver.

    Ao abrir o app da Amazon, o internauta é direcionado para uma aba onde ele pode escolher dentre mais de 20 opções, aquilo que deseja ver.

    Nesta imagem podemos ver a tela inicial do Inspire da Amazon, uma plataforma voltada para conteúdos que convertem.

    “No que você está interessado?”, é o que pergunta a tela inicial do Inspire. Imagem: Reprodução/ Amazon

    Após isso, vídeos e fotos preencherão sua timeline. Esses criativos trazem sugestões de itens pelos quais ele possivelmente se interessaria.

    Independente do que você estiver buscando, seja diversão ou inspiração, esse é um local para descobrir novos produtos, ver seus detalhes e até mesmo adicioná-los em sua wishlist.

    Para Oliver Messenger,  Diretor de compras da Amazon, “o conteúdo baseado em vídeo realmente ajuda os clientes a entenderem melhor o produto”.

    Tela do Inspire da Amazon, plataforma de publicações de conteúdos que convertem.

    Comprar enquanto você se entretem e rola a tela do celular, é uma das principais vantagens do Inspire, da Amazon. Imagem: Reprodução/ Amazon

    Steal the Look

    O que começou como um blog de moda, hoje é site e marketplace de produtos e tendências.

    Manuela Bordasch e Catharina Dieterich, criadoras do “Steal the Look“, plataforma de moda e beleza líder em conteúdo comprável no Brasil, contam que elas começaram esse empreendimento indicando looks roubados das famosas.

    Hailey Bieber está usando um vestido branco e um coque na cabeça. Ela é capa de um dos conteúdos da Steel the Look, uma página que possui uma série de conteúdos que convertem.

    O Steel the Look começou apontando onde comprar os mesmos produtos ou produtos semelhantes aos que as celebridades usavam. Imagem: Reprodução/ iStock

    A iniciativa tomou forma e hoje sua proposta é um pouco diferente da inicial. Ela se distancia dos tradicionais blogs de moda que apontam para as blogueiras, já que a sua premissa não é evidenciar um influenciador em si, mas sim trazer conteúdos concisos e tendências pelo mundo.

    Em um de seus conteúdos, o Steal the Look trouxe uma review com os melhores looks da série estadunidense “Outer Banks“. O material trazia looks reais utilizados pelos personagens e em seguida links de onde comprar produtos similares, de suas marcas parceiras.

    Kiara, uma das protagonistas da série Outer Banks. Imagem: Reprodução/ Outer Banks

    Sugestão de produtos que estavam no conteúdo da matéria e podem ser comprados nas marcas parceiras do Steal the Look. Nesse caso, marcas como C&A, Youcom, Netshoes e Natura foram as indicadas. Imagem: Reprodução/ Steal the Look.

    Quando o Steal the Look começou, não havia essa questão de unir o lado pessoal com os conteúdos como forma de serviço para o consumidor.

    Mas a chave girou, e hoje uma grande preocupação da plataforma é levar o cliente nutrido para o e-commerce da marca.

    Ou seja, quando ele chegar lá, o ideal é que ele já esteja apaixonado pelo produto, já o conheça e esteja a um passo de finalizar a compra, o que só é possível acontecer porque antes disso, ele teve acesso ao conteúdo.

    Vitrine M – Metrópoles 

    A “Vitrine M” é um espaço exclusivo de produtos selecionados pela equipe do Metrópoles, portal brasileiro de notícias voltado para a política, economia, saúde, entretenimento e outros cadernos.

    Para encontrá-lo é preciso clicar na aba “menu” do portal e então procurar pela Vitrine M. Após isso, é só navegar.

    Ele atua como uma espécie de blog, onde é possível encontrar conteúdos escritos com indicações de produtos e reviews do mundo da moda, beleza, gastronomia, viagens, esportes e entretenimento.

    Exemplo de conteúdo comprável na Vitrine M. Imagem: Reprodução/ Vitrine M

    Trouxemos um exemplo acima de indicações da Amaro, propostas pelo Vitrine M, de um conteúdo voltado para a estética balletcore.

    Canaltech

    O “Canaltech” é mais um exemplo que trouxemos dessa série de plataformas que trabalham com conteúdo comprável.

    Conhecido por ser um dos maiores portais de notícias tecnológicas no Brasil. Ele opera semelhantemente a um blog, com indicações de produtos e avaliações de diversos itens eletrônicos.

    Se você está pensando em comprar um celular e está dividido entre dois modelos, o Canaltech certamente já fez review desses produtos, além de disponibilizar o link para comprar os aparelhos pelo menor preço, uma verdadeira fonte de serviço para a sociedade.

    Nesta imagem podemos ver algumas ofertas de Playstations 5. É assim que funcionam as indicações de produtos por meio dos conteúdos que convertem.

    Exemplo de indicação de itens de marcas/lojas parceiras no Canaltech. Imagem: Reprodução/ Canaltech

    No exemplo acima, o Canaltech publicou um conteúdo sobre jogos gratuitos que podem ser jogados no Playstation 5 e em seguida trouxe opções de sites em que o consumidor pode comprar o produto.

    Shopsense.AI

    Imagine ter o visual das celebridades que brilham nas premiações? A Shopsense.AI, uma plataforma americana, está transformando essa ideia em realidade, permitindo que os espectadores comprem roupas vistas na TV diretamente por uma experiência interativa no celular. 

    A Shopsense aposta na chamada “segunda tela”, oferecendo uma vitrine digital personalizada com itens exatos ou similares aos exibidos nos programas.

    Interface do plataforma da Shopsense. Um dos formatos de conteúdos que convertem.

    A tecnologia combina IA e estratégias como anúncios integrados e menções diretas dos apresentadores para engajar o público. Imagem: Reprodução/ iStock

    Alguns exemplos incluem parcerias com a Univision no Latin American Music Awards e a Paramount nos VMAs, onde os espectadores podiam explorar coleções temáticas e adquirir os looks dos artistas.

    Inspirada em tendências como o TikTok Shop, que já atraiu mais de 500 mil vendedores nos EUA, a Shopsense destaca o potencial de unir entretenimento e e-commerce, criando uma nova era de compras conectadas e intuitivas.

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