em 2 de janeiro de 2023
Não é de hoje que o marketing de comunidade existe, uma vez que sua premissa está fundamentada no agrupamento, e desde que o ser humano passou a existir, ele sempre viveu em sociedade.
O marketing de comunidade ou community marketing é uma vertente do marketing que estimula a criação de um espaço, que pode ser físico ou digital, com o objetivo de aproximar um grupo de pessoas que possuem interesse em determinada marca ou produto.
Todo mundo faz parte de alguma comunidade, essa é uma característica instintiva do ser humano.
Possuímos o desejo de fazer parte de um grupo, e por mais que gostemos de momentos a sós, a necessidade de pertencimento é algo que necessitamos preencher.
E o marketing de comunidade cumpre justamente esse papel, o de aproximar consumidor e marca e trazer pertencimento para o primeiro.
Comunidade é definida como o agrupamento de indivíduos que possuem algum interesse em comum e que conseguem se conectar a partir dessas preferências.
E com as marcas essa relação não é diferente, afinal, o que nos leva a escolher uma marca ao invés da outra? Certamente é a paixão que possuímos por ela, por seus valores, seus produtos/serviços, custo benefício e o que ela defende.
Escolhemos as coisas a partir daquilo que faz sentido para nós, e a escolha das marcas que iremos consumir estão embutidas nesse processo.
E não estamos sozinhos nessa! Junto de cada brand lover existem outros que compartilham do mesmo sentimento de admiração e paixão por certa marca. Temos assim um grande número de pessoas que estão engajadas com determinada marca e se conectam para vivenciarem esse entusiasmo juntas.
Isso é marketing de comunidade. Sua função é implementar na percepção de marca do consumidor a ideia de um espaço onde ele possa interagir com outras pessoas que também compartilham do mesmo sentimento.
As redes sociais potencializaram esse fenômeno e a importância de uma construção de marca autêntica e concisa mostraram o quão essenciais elas são para aplicar o marketing de comunidade com sucesso em seu negócio.
Não só as redes sociais, mas também outras ferramentas que a internet nos proporciona. Um desses exemplos é a newsletter, que para muitos está definhando, o que está longe de ser verdade.
A Obvious é uma plataforma de conteúdo que conseguiu criar uma comunidade através de seus e-mails, podcasts e posts marcados por sua abordagem, linguagem e tom de voz únicos, que chegam ao público com muita precisão.
Mas para não ficar só nas telas digitais, a Obvious decidiu promover o “Obvious no Parque” que reuniu sua comunidade no Parque Villa-Lobos, em São Paulo.
Ver essa foto no Instagram
O evento gratuito contou com bate-papos sobre saúde mental, atividades físicas, atrações musicais, jogos, drinks e lanches.
Para Thais Cézare, Líder de Conteúdo da Obvious, a ação foi uma oportunidade de celebrar offline todo o ecossistema de conteúdo construído no universo online, provando como as conexões digitais realmente existem no mundo real.
Existem dois tipos de marketing de comunidade: orgânico e patrocinado. Vamos entender abaixo cada um deles.
O marketing de comunidade orgânico é desenvolvido pelos próprios consumidores, sem a intervenção da marca. Os usuários se organizam em fóruns ou nas redes sociais para tirarem dúvidas, trocarem dicas, conversarem a respeito dos benefícios de um produto ou até mesmo tecer críticas.
Ele apresenta pontos positivos já que é muito bom ver que uma parte do seu público está engajada com a marca de maneira espontânea. Mas também traz ondas de preocupação, pois se essa comunidade não está satisfeita com os serviços da marca, a quantidade de reclamações se dará em uma escala maior que o normal.
O marketing de comunidade patrocinado, como sugere o nome, é promovido pela marca, que se torna a responsável por desenvolver estratégias que estabeleçam os canais de comunicação mais adequados para o público interagir e expressar sua paixão pela marca.
O Nubank é um exemplo de empresa que apostou no marketing de comunidade patrocinado e criou a NuCommunity, um local para os clientes trocarem experiências e receberem em primeira mão conteúdos e novidades a respeito do Nubank.
É importante que as marcas façam com frequência um monitoramento sobre o que está sendo dito a respeito delas nas vias de comunicação, a fim de evitar discussões e tentar evitar possíveis problemas.
O que também ajuda a entender a forma como elas estão sendo percebidas pela comunidade.
É importante ressaltar que marketing de comunidade não se resume apenas a um bom atendimento. É claro que isso é bem importante, mas há outros pontos que são necessários para refletir a paixão no consumidor.
Separamos quatro passos que vão te ajudar a implementar estratégias no seu negócio, para que você possa andar a segunda milha e tocar as necessidades emocionais e sociais das pessoas.
Sempre batemos nessa tecla, mas sem um propósito bem definido, a sua marca não irá conseguir se conectar com o consumidor, pois quem quer falar com todos, acaba não falando com ninguém.
Além de um bom produto/serviço, você precisa despertar nele o afeto pela marca, e esse propósito respinga em todas as etapas da compra, desde um bom suporte no ponto de venda, transparência no ato da compra, produtos de qualidade até um relacionamento baseado em confiança.
A Sallve se tornou uma marca referência em marketing de comunidade. Muito antes de vender seus produtos, ela já tinha criado uma comunidade de marca.
Ver essa foto no Instagram
Com uma premissa fundamentada em oferecer produtos de qualidade a preços democráticos, a marca sempre se preocupou em oferecer amostras de seus produtos, explicar como cada um deles funciona, qual é o mais indicado de acordo com o tipo de pele de cada pessoa e do que suas fórmulas são compostas.
O próximo passo é definir onde a sua comunidade irá se reunir, ou seja, por qual canal comunicacional ela irá interagir.
O canal escolhido, se ponto físico ou virtual (e qual canal virtual) é decidido com base no seu público.
Você precisa saber em qual canal ele está presente. Será que é na internet? E se sim, em quais redes sociais? A partir das respostas, esse fluxo seguirá com mais objetividade.
O produto viável mínimo, ou MVP, é a apresentação mais simples e com menos esforço de um produto final para um grupo de pessoas.
Na prática, é como se você fizesse um teste com um grupo de consumidores, que podem ser aqueles que mais engajam com a marca, para depois lançar a comunidade para todo o público.
Assim você consegue entender o que precisa ser ajustado para montar uma comunidade que seja apaixonada por sua marca.
Essa é uma etapa que precisa de nutrição todos os dias, afinal relacionamento exige cuidado e você não pode abandonar o seu consumidor após ter conquistado sua confiança.
Por isso invista em recompensas, eventos (presenciais ou virtuais, eles são sinônimos de sucesso) e espaços de interação, pois são essas experiências que marcarão o prospect e o farão amar cada vez mais a sua marca.