em 21 de agosto de 2023
Escrito em 2016, o livro “Marketing 4.0: do tradicional ao digital” foi escrito pelo considerado “pai” do marketing, Philip Kotler. O livro é utilizado até hoje por grandes profissionais que buscam o desenvolvimento de novas estratégias de marketing.
Segundo Kotler, o Marketing tradicional continuará forte no mercado, mas agora, as empresas precisarão dar um foco ainda maior no Marketing Digital.
Pensando nisso, separamos 4 insights sobre o livro marketing 4.0 que você não pode ignorar durante o planejamento e a execução de suas campanhas.
A internet trouxe mais transparência e conectividade às nossas vidas. Ela tem sido em grande parte responsável pelas transformações que estamos vivendo como seres individuais e sociáveis.
A internet, sobretudo a mídia social, facilitou essa grande mudança fornecendo as plataformas e as ferramentas. Imagem: Reprodução/iStock.
Hoje, os indivíduos recorrem ao Twitter para saber quais são as últimas notícias. O poder hoje não reside mais nos indivíduos, mas nos grupos sociais. As pessoas adoram compartilhar histórias, sejam elas boas ou ruins, o que explica o sucesso do YouTube.
O fluxo de consumo que antes era individual, exclusivo e vertical, agora é inclusivo, social e horizontal.
E a conectividade móvel sustentada pela internet permitiu aos consumidores acessar a sabedoria das multidões e tomar melhores decisões de compra. Em um ambiente assim, os clientes se adaptam mais às opiniões sociais.
Os profissionais de marketing precisam embarcar na mudança para um cenário de negócios mais inclusivo. Imagem: Reprodução/iStock.
Um insight apontado pelo livro Marketing 4.0 ,é que o consumidor tem desconfiado cada vez mais da comunicação de marketing das marcas e tem preferido confiar no círculo social (amigos, família, fãs e seguidores).
Por fim, o processo de compra do cliente está se tornando mais social do que nunca. Ele tem prestado mais atenção ao seu círculo social ao tomar decisões. E buscam conselhos e avaliações tanto online como offline.
Uma nova espécie de consumidor, aquela que será a maioria no futuro próximo, está emergindo globalmente, caracterizado por um público jovem, urbano, de classe média, com mobilidade e conectividade fortes.
Uma pesquisa do Google revela que 90% de nossas interações com a mídia passaram a ser facilitadas por telas: de smartphone, tablet, laptop e televisão. Imagem: Reprodução/iStock.
Enquanto os mercados maduros estão lidando com uma população que envelhece, o mercado emergente está desfrutando do potencial de crescimento de uma população mais jovem e mais produtiva.
Além de serem jovens, esses consumidores também estão migrando rapidamente para áreas urbanas e adotando o estilo de vida da cidade grande.
84% das pessoas com idade entre 18 e 29 anos usam redes sociais. Imagem: Reprodução/iStock.
Mas o que distingue esse novo consumidor dos demais é sua tendência à mudança. Ele se desloca muito rápido, vive em ritmo acelerado e tudo para ele deve ser instantâneo e poupar tempo.
O livro Marketing 4.0 também defende a importância de ter uma comunidade que interage e defende a sua marca é um dos maiores benefícios que um público bem consolidado pode resultar.
Segundo o livro, para aumentar a probabilidade de conquistar defensores da marca, os profissionais de marketing deveriam apostar nos JMN: jovens, mulheres e netizens ou cidadãos da internet.
Há um fio condutor comum que faz uma ligação entre eles: os JMN são os segmentos mais influentes na era digital. Imagem: Reprodução/iStock.
Os jovens, por exemplo, definem as tendências para os mais velhos, sobretudo, quando falamos da cultura pop, como música, cinema, games, entretenimento, moda, tecnologia e outros.
Os mais velhos tendem a acompanhar as recomendações feitas pelos mais jovens, que muitas vezes são os primeiros consumidores a testar novos produtos. O que explica porque na maioria das vezes eles são alvos de campanhas de marketing.
O percentual de pessoas com mais de 60 anos no Brasil navegando na rede mundial de computadores cresceu de 68%, em 2018, para 97%, em 2021. Imagem: Reprodução/iStock.
Outro grupo que também é relevante no quesito defesa de marca são as mulheres. Em muitos países elas agem como diretoras financeiras da família, selecionando quais marcas devem ser compradas em determinadas categorias.
Isso ocorre porque as mulheres têm mais paciência e possuem mais interesse em pesquisar até encontrar a melhor opção, algo que a maioria dos homens considera inútil ou penoso.
Assim as mulheres desempenham um papel relevante para a seleção de produtos e serviços. Imagem: Reprodução/iStock.
Os netizens também são altamente influentes. Como nativos digitais, são muito hábeis em se conectar com os outros online enquanto compartilham informações.
E embora nem todas as informações dos netizens sejam compartilháveis ou produtivas, eles são o exemplo de cliente mais esperto.
Eles expressam suas verdadeiras opiniões a respeito de produtos e marcas. Criam avaliações, postam comentários e até criam conteúdos nos quais outros cidadãos prestam atenção.
Devido a essas características, os JMN são difíceis de impressionar, entretanto, quando impressionados, eles se tornam os mais fiéis advogados de uma marca. Imagem: Reprodução/iStock.
As novas tecnologias que surgiram ajudaram a desenvolver vários setores na economia, como varejo (comércio eletrônico), transportes (veículos automatizados), educação (cursos abertos on-line), saúde (prontuários eletrônicos e medicina personalizada), e também as interações sociais (redes sociais).
Entretanto, muitas dessas mesmas tecnologias que impulsionam a economia digital, também estão abalando setores chave e perturbando empresas tradicionais. Imagem: Reprodução/iStock.
O que podemos ver em nosso cenário econômico futuro, que é representado pelo marketing 4.0, é um mercado cada vez mais marcado pela presença digital. Onde os clientes estarão socialmente conectados em redes horizontais de comunidades.
Hoje, as comunidades são os novos segmentos. Mas, ao contrário dos segmentos, elas são formadas naturalmente por consumidores dentro de espaços que eles mesmos definem.
Nessa chamada “economia digital”, os clientes estarão empoderados e se tornará mais fácil avaliar e até esmiuçar a promessa de posicionamento da marca de qualquer empresa.