em 8 de abril de 2024
User Generated Content ou “conteúdo gerado pelo usuário”, em português. Isto é, qualquer conteúdo em forma de mídia – fotos, vídeos ou avaliações, que tenham sido criados de forma espontânea compartilhados pelos consumidores nas redes sociais, sobre alguma marca, produto ou serviço.
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O termo UGC Creator pode até soar um pouco controverso, não é mesmo? Afinal, UGC se refere a criação de conteúdo de forma espontânea. Logo, a junção dos termos pode soar um tanto desconexa.
Já que o creator se refere a produtores de conteúdo ou influenciadores que tendem a levar informações a respeito de uma marca, serviço ou produto para o seu público, a fim de influenciá-los, de forma intencional.
E o UGC Creator é alguém que possui características de ambos os termos. Ele cria conteúdo como posts, vídeos, fotos e avaliações em plataformas online, como redes sociais, fóruns ou blogs, e compartilha esse conteúdo publicamente.
@izabellyugc o kit que não mudou só a minha pele, mas a minha autoestima! 🤩 — exemplo video ugc [depoimento] com minhas paixões da @Creamy Skincare #ugc #ugcbrasil #ugccreator #ugcexample #criadorugc #skincare #ugccontent ♬ som original – izabellyugc
Este se trata de um conteúdo gerado pelos consumidores de uma marca de forma espontânea, mas que também pode ser pago. Geralmente essas são recomendações sinceras e pessoais de quem usou determinado produto ou serviço.
O que lembra muito os chamados “reviews” que muitos usuários compartilham com o público. Esse é um formato de resenha que traz uma série de recomendações para o público e tende a ser visto de forma genuína pelo público.
O consumidor consegue se conectar com clientes e potenciais clientes da marca em um nível mais profundo do que o que um anúncio tradicional iria alcançar.
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Além de atuar como uma vitrine da marca, realçando a proposta de valor de determinado produto ou serviço de um jeito simples e autêntico, como no exemplo acima.
O grande pulo do gato para as marcas é entender que a autenticidade mora na conexão entre as pessoas.
O relatório “influence in the digital age”, apontou que 57% dos consumidores disseram que muitas marcas não criam conteúdos que pareçam verdadeiros. E 86% destacou a autenticidade como o fator mais importante na hora de decidir quais marcas gostam e apoiam.
Algumas estatísticas de um estudo da Semrush sobre “marketing boca a boca” reiteram o porquê das pessoas confiarem nas pessoas.
Com o surgimento das compras online e a aversão do consumidor em relação às técnicas de marketing intrusivas, já é possível ver a movimentação de algumas marcas quando o assunto é conteúdo UGC.
A grande preocupação é para que a comunidade de uma marca se envolva e conecte com a marca através daquele conteúdo que foi gerado.
As redes sociais são um espaço para que o usuário compartilhe informações, inquietações e a sua experiência individual em relação a esse produto ou serviço, em que marcas e usuários podem compartilhar suas opiniões ali também.
@marinagianisellaugc Produção para Mahina 🤍✨🙏 #ugc #ugccreator #ugcexemple #criacaodeconteudo #midias ♬ Oh, Pretty Woman – Pomplamoose
Esse formato estimula os usuários a criarem conteúdos mais naturais e fiéis, impulsionando o mercado de micro influenciadores.
Um exemplo de marca que vem utilizando essa estratégia antes mesmo que o termo viesse à tona é a Sallve, que sempre traz reviews de consumidores da marca de forma leve e desprendida.
Grande parte desses conteúdos se torna viral sem que haja o uso de super influenciadores, mas sim de pessoas que muitas vezes são “anônimas”. O que é um ponto que agrada a Geração Z, fortemente influenciada pelo TikTok e seus muitos criadores.
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Muitas marcas já utilizavam essa forma de conteúdo como prova social, mas com a popularização das mídias sociais, esse formato de produzir ganhou notoriedade.
Estima-se que até 2028 o mercado de UGC Creator deva valer US$18,65 bilhões, com uma taxa de crescimento anual de 26,6%.
O conteúdo gerado pelo usuário permite que as marcas acumulem menções às empresas ou referências visuais de produtos.
A ampliação do uso do conteúdo gerado pelo usuário para fins publicitários e de marketing de conteúdo cresceu significativamente nos últimos anos.
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É sempre bom olhar para os dois lados da moeda. Se por um lado o termo vem se popularizando nos últimos meses, e muitas marcas vêm aderindo à estratégia, surge a dúvida: UGC e UGC Creator não é uma coisa que, na verdade, já não existe, mas com outro nome?
Porque se UGC é a geração de conteúdo da parte do usuário, uma reação do cliente, um comentário ou vídeo já é um conteúdo espontâneo, que está sendo gerado por esse alguém.
E se uma marca paga alguém para gerar um conteúdo “espontâneo”, não seria isso uma publicidade ou influência paga? Logo, isso subverte a lógica do UGC.
E essa é a ideia que muita gente vem propagando sobre o trabalho que um UGC Creator deveria fazer.
Em um post na rede vizinha, André Pannos, CEO e Mentor na Allga, expressou sua opinião em relação à nova onda que está dominando as redes sociais.
@andrepannosRecado para os amigos do UGC♬ som original – André Pannos – Creator Economy
Além disso, um dos pontos que tem gerado uma série de polêmicas é o fato de que muitas marcas estão usando UGC Creators para fecharem publicidade e pagarem muito mais barato por elas, do que pagariam para um influenciador ou criador de conteúdo, contribuindo para a precarização da profissão.
Um post gerado pelo usuário pago pode custar de US$ 125 a US$ 500 em média para as marcas. Enquanto que o mesmo tipo de publicidade fechada com um macro influenciador ou celebridade chega a multiplicar o valor, o que pode chegar a US$ 30.000, segundo a report influence in the digital age.