em 28 de janeiro de 2025
No atual cenário bancário, a disputa por clientes nunca foi tão acirrada.
O avanço dos bancos digitais, redefiniu o setor financeiro e também impôs desafios para as instituições tradicionais, que podem enfrentar dificuldades de se diferenciar e conquistar a confiança de novos clientes.
Confiar o dinheiro a um banco não é apenas uma questão de necessidade, mas de segurança financeira.
A experiência do cliente nunca foi tão relevante quanto agora, com os consumidores cada vez mais exigentes e atentos às facilidades oferecidas pelas plataformas digitais.
O marketing bancário deve mapear com precisão a jornada do cliente, que vai desde a identificação da necessidade até a fidelização, garantindo uma experiência fluida e eficaz em cada etapa.
Na identificação, o cliente percebe a necessidade de serviços financeiros.
Na consideração, o cliente compara opções disponíveis e o marketing, por sua vez, precisa fornecer informações claras e convincentes. Bancos digitais ganham pontos com soluções rápidas e objetivas, enquanto os tradicionais destacam o diferencial da consultoria personalizada.
Na conversão, a experiência de contratação simples e intuitiva é fundamental. Bancos digitais oferecem processos descomplicados, enquanto os tradicionais enfrentam o desafio de modernizar suas operações para competir.
Por fim, na fidelização, confiança e personalização tornam-se indispensáveis para manter o cliente engajado.
Nesse cenário, os bancos tradicionais precisam evoluir, incorporando elementos de inovação e flexibilidade presentes nos digitais, para criar uma jornada do cliente mais dinâmica, interativa e alinhada às expectativas modernas.
Nesse cenário, enquanto os bancos digitais precisam superar os desafios relacionados à confiabilidade, suporte humano e ausência de pontos físicos, os bancos tradicionais continuam sendo uma escolha relevante para muitos clientes graças à seu atendimento presencial, e um histórico que inspira confiança.
Ao integrar inovação tecnológica sem abrir mão dessas fortalezas, os bancos tradicionais têm o potencial de criar uma experiência que combina o melhor dos dois mundos.
A modernização das estratégias de marketing bancário é essencial para se destacar em um mercado cada vez mais competitivo.
A integração de tecnologias, como realidade aumentada e virtual, programas de fidelidade e o uso de influenciadores digitais, são algumas das apostas mais promissoras.
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A realidade aumentada, que se aproxima rapidamente do presente, pode revolucionar a maneira como os bancos apresentam seus produtos financeiros.
Um exemplo disso foi a Santander AR Experience, lançada em 2019.
A RA oferecia informações extras sobre produtos financeiros de maneira visual e imersiva, tornando-os mais tangíveis e compreensíveis.
Além disso, o Santander criou experiências interativas em pontos de venda e eventos, aproximando ainda mais os consumidores da marca.
A inteligência artificial também já é uma realidade no setor bancário, com bancos como o Nubank implementando soluções inovadoras, como o Assistente de Pagamentos, que centraliza e avisa os clientes sobre o vencimento de boletos, além de ajudar a organizar os gastos previstos para o mês.
Programas de fidelidade, por sua vez, incentivam hábitos financeiros saudáveis e promovem um relacionamento mais próximo e personalizado com os clientes.
Um exemplo disso é o Programa Fidelidade Bradesco Cartões, que permite acumular pontos a cada compra realizada com os cartões de crédito, débito ou pré-pago.
Esses pontos podem ser transferidos para a plataforma Livelo, onde podem ser trocados por produtos, descontos e recompensas exclusivas.
O marketing de influência, ao explorar a autenticidade de personalidades que representam os valores da marca, cria uma conexão emocional com o público.
Bancos têm apostado em grandes influenciadores para atingir seu público-alvo e fortalecer a confiança que esses profissionais têm junto à sua audiência, potencializando a relação com os clientes.
O Itaú, por exemplo, tem sido um exemplo de como a fusão entre inovação e tradição pode gerar impacto.
Com campanhas como a de fim do ano de 2024 que envolvem grandes nomes do cinema e do esporte, a marca utiliza personalidades como Fernanda Montenegro e Rebeca Andrade para criar uma ligação emocional com seu público.
Ao mesmo tempo, investe em ativação digital e no uso das plataformas sociais para engajar um público mais jovem e conectado.
O Banco do Brasil, por sua vez, tem se destacado no quesito sustentabilidade com campanhas como “A gente se importa”.
A iniciativa, focada em valores ESG (ambientais, sociais e de governança), alinha a inovação com a responsabilidade social, posicionando a instituição como uma marca moderna e comprometida com questões globais.
A parceria com o DJ Alok, através de eventos e campanhas digitais, é um exemplo claro de como a comunicação digital pode ser utilizada para gerar impacto e conscientização.
Já o Nubank, uma verdadeira referência no setor de bancos digitais, se destaca não só pela inovação de seus produtos financeiros, mas pela maneira com que se comunica com seus clientes.
Com uma linguagem simples, transparente e humorada, o Nubank conquistou a lealdade de milhões de brasileiros, transformando o ato de bancarização em uma experiência mais humana e menos burocrática.
O Will Bank apostou em uma estratégia emocional e criativa ao inaugurar a loja “Na Volta a Gente Compra”, localizada na icônica Rua 25 de Março, em São Paulo.
O espaço oferece uma seleção de produtos nostálgicos, como Tamagotchis, bicicletas Caloi Cross, Autorama e itens clássicos de papelaria, resgatando o desejo de consumo de gerações passadas.
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Para os bancos, o futuro está na construção de experiências imersivas e digitais que agreguem valor real ao consumidor.
O sucesso não está mais apenas em oferecer produtos financeiros, mas em proporcionar uma jornada digital sem fricções, onde a confiança e a transparência se tornam a base do relacionamento.
As empresas mais bem-sucedidas no marketing bancário são aquelas que entendem que, por trás de cada transação, há uma pessoa em busca de soluções que melhorem sua vida financeira de forma prática e significativa.
E, para se destacar, os bancos precisam acompanhar as mudanças tecnológicas, e também serem capazes de inovar nas estratégias de marketing.
O futuro está em como os bancos conseguem integrar o digital ao emocional, criando uma conexão genuína com os consumidores e, assim, conquistando sua confiança a longo prazo.