em 16 de julho de 2024
Os cookies são como pequenos pedaços de informação que acompanham você pela internet, lembrando suas preferências e facilitando sua navegação.
É através deles que as empresas conseguem rastrear o comportamento do público e abordá-lo com estratégias de marketing.
Eles ajudam o site a se lembrar de informações sobre a visita, o que pode facilitar o próximo acesso e deixar o site mais útil para você.
Os cookies primários são criados pelo próprio site que está sendo visitado. Este coleta informações como preferências de idioma, configurações de exibição e informações de login. Além de seguros e restritos apenas ao domínio do site que os criou.
Eles costumam ser armazenados por períodos de tempo mais longos do que os cookies de terceiros. E geralmente são ativados pelos usuários, uma vez que tornam sua experiência de navegação mais agradável.
Já os cookies de terceiros são criados por sites diferentes daqueles que você está visitando no momento.
Eles são usados para rastrear o comportamento do usuário em vários sites e criar perfis de usuário para fins de publicidade direcionada.
E coletam as informações sobre os hábitos de navegação, preferências, histórico de compras e outros dados pessoais, com o objetivo de exibir anúncios personalizados em diferentes sites.
Grandes empresas como Apple (com o Safari) e Mozilla (com o Firefox) já extinguiram os cookies de terceiros, e o Google anunciou que irá seguir os mesmos passos (planos de 2024, agora, adiados para 2025), exigindo das marcas o início de um processo de adaptação.
O usuário pode navegar em modo anônimo e os dados não serão armazenados após a sessão. Os usuários também podem desativar manualmente os cookies de terceiros.
O Google Chrome está respondendo a essa demanda com planos para remover o suporte a cookies de terceiros (dados gerados a partir da navegação do usuário) e reformulando a maneira como opera, para entregar uma navegação mais privada.
A maioria dos anunciantes utiliza cookies de terceiros em suas campanhas digitais. A premissa é de que as pessoas possam ter mais controle sobre suas informações e evitar o rastreamento de seus dados em sites diferentes.
1. A segmentação dos anúncios com base na navegação ou comportamento do usuário.
2. Anúncios altamente personalizados para o público.
3. Alcançar e envolver com precisão o público-alvo.
Mas isso não representa o fim dos cookies. As empresas podem apostar cada vez mais nos dados primários, que são coletados pela própria empresa em formulários ou outros meios de captação, como por exemplo, formulários de cadastro e pontos de coleta em seu próprio site.
O Google planeja fornecer informações aos usuários de forma anônima, através da ferramenta Topics.
Essa ferramenta vai categorizar os usuários com base em interesses captados dos sites visitados. Permitindo que os anunciantes selecionem temas relevantes para direcionarem seus anúncios.
Para entender melhor, vamos conferir o seguinte exemplo: Melissa é uma jovem que ama bicicletas e pesquisa muito por isso. Logo, seus interesses vão ser reunidos em um número limitado de tópicos – deduzidos com base no site que ela visita.
Esse API não extrai o perfil e o histórico de navegação dela, mas os tópicos são compartilhados com as empresas para fins publicitários.
Substituir o rastreamento individual por meio do agrupamento de usuários com hábitos de navegação semelhantes em grupos. De forma que os anunciantes possam direcionar seus anúncios à eles (sem identificar individualmente).
Permite a veiculação de anúncios com base em interesses do usuário, mantendo a informação de interesse no dispositivo do usuário e sem revelar essa informação aos servidores externos.
Token API que faz a distinção entre usuários reais e bots, sem identificar informações pessoais e sem rastreá-lo individualmente.
Desde 2019 a equipe do Google vem trabalhando para desenvolver um novo conjunto de padrões abertos – o Google Privacy Sandbox.
O Privacy Sandbox para a web vai desativar gradualmente os cookies de terceiros e limitar o rastreamento oculto.
Ao criar novos padrões da web, ele fornece aos editores alternativas mais seguras à tecnologia existente, para que possam continuar criando negócios digitais enquanto a privacidade dos seus dados é protegida.
O objetivo é ir eliminando gradualmente os cookies até 2025. Na fase inicial, apenas 1% dos usuários do Chrome foram afetados, mas a ideia é que o bloqueio perdure.
Iniciativa inovadora que busca redefinir a publicidade online em uma era de crescente preocupação com a privacidade.
Em vez de depender de cookies de terceiros para rastrear usuários, o Privacy Sandbox propõe um novo conjunto de APIs que preservam a privacidade.
Essas APIs permitem que os anunciantes segmentem e veiculem anúncios com base em interesses e comportamentos, sem comprometer a identidade individual dos usuários.
Maior privacidade para usuários: limita o rastreamento online e dá ao navegante mais controle sobre seus dados.
Anúncios mais relevantes: permite que os anunciantes veiculem anúncios mais relevantes para os usuários, com base em seus interesses e comportamentos.
Um futuro sustentável para a publicidade online: garante que a internet continue a ser uma plataforma gratuita e com suporte a anúncios.
Por mais que essa iniciativa do Google possa parecer ser 100% benéfica e não trazer nenhum risco, é preciso estar com os olhos bem atentos.
Afinal, pense em seus dados concentrados apenas sob o domínio de uma única plataforma. Agora pense nos dados de milhões de usuários concentrados nesta mesma plataforma.
Esse é um monopólio gigantesco, e parar para pensar na quantidade de possibilidades que se pode ter, nos faz refletir a respeito das verdadeiras intenções por trás de cada ação.