A inteligência artificial é uma área da computação que concentra atividades que geralmente são desenvolvidas pela inteligência humana, mas que podem ser feitas pelo uso de aprendizado de máquina, tomada de decisão e automação de processos.
Inteligência artificial generativa ou IA generativa é um dos sistemas de IA que é capaz de criar coisas novas, como imagens, música, textos e muito mais. Ela aprende com exemplos e gera novos conteúdos parecidos com o que aprendeu, tudo em resposta a solicitações em linguagem comum.
O que pode ser útil de várias maneiras. Criando conteúdo por meio da arte, textos e designs únicos.
A IA também pode ser utilizada na simulação e treinamento, para treinar robôs, jogos e até mesmo para prever possíveis cenários em negócios ou ciência.
No campo da inovação, ela pode ajudar a explorar novas ideias e conceitos, impulsionando a descoberta e evolução em diversos campos.
Além disso, seu uso tem se destacado em diversos campos, como por exemplo:
Arte e design: na criação de arte visual, design gráfico, geração de imagens e até mesmo na criação de moda.
Música e áudio: composição de música, criação de novos sons e até mesmo na geração de letras de canções.
Jogos e entretenimento: na criação de personagens, cenários, enredos dinâmicos e experiências interativas.
Saúde: ajuda na criação de moléculas para medicamentos, simulações de órgãos e até mesmo na geração de imagens médicas mais precisas.
Publicidade e marketing: para personalização de anúncios, criação de conteúdo direcionado e até mesmo na geração de campanhas criativas.
Filmes e animação: na criação de efeitos especiais, animações e até mesmo na geração de roteiros.
No campo artístico, a IA vem sendo utilizada para criar novas formas de expressão. Seja para ajudar artistas durante o processo de criação de suas obras, para lançar músicas ou recriar pessoas, ela já invadiu as fronteiras que separam arte e tecnologia.
O projeto “The Next Rembrandt” é um exemplo de iniciativa que visou quebrar as fronteiras entre arte e algoritmos e alimentar essa relação.
A Microsoft resolveu “ressuscitar” um dos maiores pintores de todos os tempos: Rembrandt. Em 2016, a empresa começou a investir em um projeto que visava criar um novo quadro do pintor, mesmo 400 anos após a sua morte.
Todo esse processo de recriação seria feito através da automação de máquinas e da inteligência artificial.
Primeiro, um extenso banco de dados com todas as criações do pintor foram reunidas, a fim de que a estética e a essência de suas obras fossem preservadas.
Em seguida, a IA analisou a composição das obras, incluindo os traços, o jogo de luz e sombras, e a quantidade de pigmentação para aprender como Rembrandt pintava.
Por fim, o tema sugerido pelo aprendizado de máquina foi uma média da maioria dos quadros que ele pintava, que eram retratos de homens brancos, de meia idade, com roupas pretas, colarinho branco, chapéu e que pareciam olhar suavemente para a direita.
A obra foi impressa em uma impressora 3D especial que conseguiu reproduzir os traços e as nuances dos pigmentos que foram mapeados pelo algoritmo utilizado na fase de catalogação.
Para Ron Augustus, Diretor de Mercados para PMEs da Microsoft Holanda, o objetivo era estimular a discussão sobre como o uso de dados pode levar à inovação.
Um grupo de empreendedores franceses inovou no cenário artístico ao criar o Generative Adversarial Network (GAN), um projeto que utiliza inteligência artificial para produzir obras originais semelhantes aos trabalhos de artistas renomados, como o icônico Rembrandt.
Aproximadamente 15 mil pinturas de Rembrandt serviram como referência para o algoritmo, permitindo que a inteligência artificial analisasse e internalizasse os traços, a iluminação e as nuances peculiares do mestre holandês.
O resultado são pinturas que, embora apresentem um acabamento levemente borrado, mantêm a semelhança com o estilo distintivo de Rembrandt.
Cada uma dessas obras é singularmente autenticada com a assinatura do próprio “robô”, adicionando um elemento intrigante à narrativa da união entre arte e tecnologia.
No entanto, nem todos estão convencidos de que o resultado gerado por uma máquina deva ser considerado “arte de verdade”.
O pintor Robert Prestigia como expressa sua visão de que as emoções e sentimentos do artista desempenham um papel crucial na criação de uma obra de arte autêntica.
Para ele, a inteligência artificial é intrinsecamente artificial e carece da profundidade emocional que caracteriza as grandes obras de mestres como Picasso e Modigliani.
Essa divergência de opiniões destaca um debate mais amplo sobre a natureza da criatividade e o papel humano na produção artística, à medida que a tecnologia continua a desafiar os limites tradicionais da expressão artística.
Outro exemplo que ganhou grande repercussão foi o do lançamento de músicas de pessoas que já faleceram. Um programa de TV na Coreia do Sul utilizou inteligência artificial para recriar a voz de Kim Kwang-seok, um cantor que faleceu há 25 anos.
Os Beatles também lançaram uma música recentemente, o que foi possível graças ao uso da inteligência artificial.
Nomeada “Now and Then”, a produção começou lá em 1994, quando a viúva de Lennon, Yoko Ono, enviou a Paul McCartney três demons de Lennon – duas inclusive foram posteriormente concluídas e lançadas por McCartney, Ringo Starr e o falecido George Harrison.
Mas eles enfrentaram dificuldades com “Now and Then”, já que os vocais de Lennon às vezes eram dominados pelo acompanhamento do piano. Nesse caso, a inteligência artificial foi utilizada para separar os vocais de John Lennon do instrumento.
Em seguida, McCartney e Ringo Starr gravaram os instrumentos de apoio, com gravações do falecido Harrison em algumas partes.
E esse é um cenário que vem crescendo cada vez mais. O ator Tom Hanks levantou a possibilidade de sua carreira continuar mesmo após sua morte, através do uso da IA.
Para o artista, a tecnologia poderia ser utilizada para recriar sua imagem, garantindo que ele continuasse aparecendo em filmes. Porém, ele também reconhece que o uso da inteligência artificial no universo artístico acarreta desafios legais.
Você já parou para pensar como os jogos digitais têm evoluído cada vez mais? Quando falamos a nível de comportamento e interação, é possível perceber que eles estão mais realistas e inteligentes.
Grande parte dessas melhorias têm sido implementadas graças ao uso, ainda que pequeno da parte de alguns servidores, da inteligência artificial em muitos games.
A inteligência artificial pode ser usada para criar enredos adaptativos, onde a história do jogo se modifica de acordo com as ações do jogador. O que garante uma experiência única e estimula a exploração e a imersão nas possibilidades narrativas do jogo.
Através de algoritmos sofisticados, a IA é capaz de gerar comportamentos realistas para os elementos do cenário, como animais, plantas e até mesmo fenômenos climáticos, contribuindo para uma imersão mais profunda.
A Promethean AI é outro exemplo de plataforma que gerencia ativos digitais e cria mundos virtuais, automatizando tarefas rotineiras e agilizando fluxos de trabalho criativos.
Algoritmos de aprendizado de máquina podem ser aplicados para ajustar a dificuldade do jogo com base no desempenho do jogador.
Já a Scenario, oferece uma ampla capacidade para a geração de cenários e artes de jogos, como podemos observar na imagem abaixo.
O uso da inteligência artificial também vem influenciando o design de produto e a experiência do usuário. Ela pode ser usada para criar protótipos virtuais e simular interações antes que estes sejam produzidos em massa, economizando tempo e recursos.
O Redraw é um exemplo de plataforma que utiliza IA para ajudar arquitetos, engenheiros, designers e amantes da decoração a reimaginar ambientes.
Video_tela_do_redraw_0.0.1 from Redraw pro on Vimeo.
A inteligência artificial atua sugerindo layouts e designs de interiores com base nas preferências do cliente. Os algoritmos de otimização podem ajudar a encontrar soluções eficientes para problemas de design arquitetônico.
Google Maps e Waze são exemplos de sistemas de geolocalização e navegação de rotas que utilizam a inteligência artificial para aprimorar seus recursos.
MidJourney: desenvolvido através do Discord, ele é utilizado para gerar imagens com IA a partir de descrições com linguagem natural, que chamamos de prompts.
Lensa: um aplicativo de edição de imagens que utiliza a inteligência artificial para corrigir imperfeições.
DALL-E: É capaz de gerar imagens a partir de textos.
Siri, Alexa e Google Assistent são alguns dos assistentes virtuais que também passaram a incorporar a IA em seus sistemas, a fim de oferecer um serviço mais personalizado, através do aprendizado de máquina.
LuzIA: É o aplicativo de inteligência artificial do WhatsApp, e funciona como um chatbot. Por meio da ferramenta é possível transcrever áudios, traduzir textos, reproduzir resumos de textos, fazer listas e, pasmem, criar imagens digitais.
ChatGPT: um robô virtual (chatbot) criado a partir de redes neurais artificiais e treinado, com grande capacidade de armazenamento de dados.
Ele foi desenvolvido pela OpenIA, uma empresa fundada em 2015 por Sam Altman e Elon Musk, que se desligou da mesma em 2018.
O Scribe é outro exemplo de assistente de redação que utiliza a inteligência artificial para criar conteúdos. Além disso, ele é capaz de resumir artigos e personalizar textos.
Além destas, outras ferramentas são capazes de gerar textos, como Grammarly e Hemingway Editor, que utilizam IA para auxiliar na correção gramatical, sugestão de estilo e aprimoramento da escrita.
Ferramentas como o Dragon NaturallySpeaking ou Google’s Voice Typing permitem ditar textos em vez de digitá-los.
As plataformas de streaming como Netflix, Amazon Prime e Spotify usam IA para recomendar filmes, séries, músicas e produtos com base nos interesses do usuário.
Google Translate e DeepL são exemplos de ferramentas que utilizam IA para traduzir texto entre diferentes idiomas.
E-mails e plataformas de mídia social também utilizam inteligência artificial para filtrar spams e conteúdos indesejados.
Ferramentas como Google Lens e apps de reconhecimento facial utilizam IA para identificar objetos, locais e até mesmo pessoas em fotos.
Ferramentas como Tableau e Power BI usam IA para analisar grandes conjuntos de dados e apresentar insights úteis por meio de visualizações.
Ferramentas como x.ai e Clara Labs utilizam inteligência artificial para agendar reuniões automaticamente, coordenando horários entre diferentes pessoas.
Essas são apenas algumas das muitas maneiras pelas quais a inteligência artificial está sendo integrada em nossas vidas diárias para tornar tarefas mais fáceis, rápidas e eficientes.