em 4 de abril de 2024
A TV Conectada se refere a um dispositivo de TV que esteja conectado à internet, comumente utilizado para transmitir vídeos. O que se refere tanto às Smart TVs, quanto às TVs Conectadas por meio de um dispositivo embutido, decodificador ou console de jogos.
Esses dispositivos são os responsáveis por oferecerem suporte ao streaming de conteúdo de vídeo. Alguns tipos de CTV incluem YouTube, Xbox 360, PlayStation, Amazon Fire, Roku, Pluto TV, Netflix, Star+, Disney+, Hulu, Prime Video e muitas outras.
Para as gerações mais novas, é impensável olhar para trás e perceber que até há algum tempo, nós estavamos sujeitos a grade de programação de uma emissora de TV.
Não que isso seja ruim, até porque como a realidade era essa, nós nos moldávamos a partir desses padrões. Nos organizávamos para não perder determinado programa, já que pausá-lo era algo fora de cogitação, e poucos tinham acesso à uma reprise dele.
As rotinas, muitas vezes, eram construídas com base nessa programação. O horário do almoço, por exemplo, dificilmente acontecia sem a televisão ligada no jornal televisivo.
Hoje, nós podemos escolher o que queremos assistir, quando e onde, à distância de um toque. As opções são tantas que fica até difícil escolher.
Na sala de estar, o avanço da TV Conectada só aumenta. Segundo a Magnite, os motivos para acompanhar o formato com maior frequência estão: o poder de pausar um programa para assistir depois (52%), poder de maratonar suas séries e filmes prediletos (45%), o favoritismo pelo formato (44%), descoberta de novos conteúdos (44%), e o lançamento de materiais originais e exclusivos (44%).
A publicidade vem passando por grandes transformações, principalmente na mídia tradicional, à medida que o cenário digital avança.
E na TV Conectada não é diferente. Um estudo realizado pela Magnite revelou que a maioria dos telespectadores preferem opções de programas que incluam anúncios. 82% assistem a alguma forma de conteúdo suportado por anúncios, com 78% a ver conteúdo entregue pela internet em vários dispositivos.
Para Sam Wilson, Diretor Geral de CTV na Magnite, o streaming de TV está revolucionando a forma como assistimos conteúdo televisivo.
Os formatos de anúncios na TV Conectada podem incluir anúncios de vídeo padrão, anúncios interativos, anúncios de sobreposição, anúncios gráficos e outros formatos que são exibidos durante a transmissão do conteúdo.
A categoria mais comum de anúncios na TV Conectada são os anúncios de vídeo in-stream. Geralmente eles duram entre 15 e 30 segundos e podem ser pre-roll, mid-roll ou post-roll, cada um com seus prós e contras.
Pre-roll: esse formato é reproduzido antes do conteúdo que se quer assistir. Ele tem duração de 15 a 30 segundos e podem ser puláveis ou não puláveis.
São opções a serem consideradas quando se quer atingir um público específico. Nesse caso, o de interessados neste determinado programa.
Mid-roll: nesse caso os anúncios são reproduzidos no meio do conteúdo que está sendo assistido. Eles também possuem duração de 15 a 30 segundos e podem ser pulados ou não.
A grande questão deste formato é que por ser veiculado no meio do conteúdo, as chances de que ele seja assistido são maiores, já que o usuário que assistiu um programa até a metade provavelmente tem interesse em terminá-lo.
Post-roll: esse formato é veiculado no final do conteúdo que foi assistido. Eles são menos comuns, já que ao fim de um filme, série ou afins, a tendência é que o usuário saia da plataforma.
Esses anúncios são reproduzidos durante uma pausa no conteúdo que o usuário está assistindo. Por isso o nome pause break.
Eles possuem uma duração de 10 segundos e podem ser utéis para atingir um público específico.
Estes anúncios aparecem na parte inferior da tela durante o conteúdo que o usuário está assistindo. Esse formato pode ser considerado menos intrusivo para o público, quando comparados com os anúncios pre-roll e mid-roll.
Esses anúncios são menores, quando falamos do ponto de vista visual. Eles aparecem como uma sobreposição ao conteúdo escolhido que está sendo assistido.
Nesse formato, anúncios gráficos aparecem na tela enquanto o usuário assiste ao conteúdo. Esse tipo de anúncio pode ser eficaz para anunciantes que querem destacar uma marca ou produto específico.
Esses ativos combinam publicidade nativa e dinâmica para serem inseridos de diferentes formas, como no formato de QR code, por exemplo.
É preciso de muito cuidado para não confundir a TV Conectada e o streaming. Apesar de estarem muito conectados, eles possuem algumas diferenças.
A TV Conectada é uma televisão que possui capacidade de se conectar à internet e oferecer uma variedade de recursos adicionais além da simples transmissão de programas de televisão tradicionais.
Esses recursos podem incluir acesso a aplicativos de streaming de vídeo, navegação na web, reprodução de conteúdo multimídia através de dispositivos de armazenamento externo ou streaming, interação com mídias sociais, e até mesmo controle por meio de comandos de voz ou gestos.
Essa integração com a internet permite uma experiência mais interativa e personalizada para os espectadores, proporcionando acesso a uma ampla gama de conteúdos e serviços além dos canais de TV tradicionais.
Já o streaming se refere à tecnologia de transmissão de conteúdo de mídia através da internet. Ele permite que os usuários assistam a vídeos, ouçam música ou consumam outros tipos de mídia instantaneamente, sem precisar baixar o arquivo em seu dispositivo.
Em resumo, uma TV Conectada pode ser usada para acessar serviços de streaming, mas também oferece uma variedade de outras funcionalidades, enquanto o streaming é uma forma de consumir conteúdo de mídia online, que pode ser acessado por meio de uma TV Conectada, computador, smartphone, tablet, entre outros dispositivos.
O YouTube possui mais de 120 milhões de usuários mensais no Brasil, segundo a Comscore. Com esses números, a plataforma de vídeos mais assistida do Brasil demonstra a força que é para a TV Conectada.
Dentro da CTV, o YouTube é o aplicativo que mais cresce, conversando muito bem com o público que vai dos 19 aos 45 anos.
Plataformas como o YouTube têm se estabelecido como destinos populares para a transmissão ao vivo de grandes eventos esportivos.
Desde os eventos de escala global, como as Copas do Mundo Masculina e Feminina, até competições regionais como os campeonatos Paulista e Carioca, os espectadores têm acesso a uma variedade cada vez maior de conteúdo esportivo.
O esporte tem sido um fator decisivo na corrida pela atenção dos usuários. Tanto é que o YouTube tem se tornado uma porta de entrada para grande competições esportivas.
A Copa do Mundo Masculina e Feminina, e os campeonatos estaduais são exemplos disso. E para esse ano já foram anunciadas competições como a Eurocopa, Europa League e os Jogos Olímpicos para serem transmitidos pelas plataformas de vídeos.
As plataformas digitais trouxeram novas formas de criação de conteúdo, novos criadores, formatos e marcas para esse território. A Olimpíada de Paris desse ano será uma das competições a receber investimentos em esporte.
Para anunciantes e produtores de conteúdo, essa é uma oportunidade para trabalhar com essas plataformas na TV Conectada.
Assim como em outras formas de publicidade digital, os anúncios na TV Conectada podem ser direcionados com base em dados demográficos, interesses do consumidor, comportamentos de visualização e outros critérios específicos, permitindo uma segmentação mais precisa do público-alvo.
Além disso, os anunciantes podem monitorar o desempenho de seus anúncios na TV Conectada por meio de métricas como impressões, visualizações completas, taxas de cliques (se aplicável), taxa de retenção de espectadores e outras métricas de engajamento.
Muitas vezes, os anúncios na TV Conectada podem ser integrados a campanhas publicitárias multicanal, permitindo uma abordagem coesa e integrada à publicidade em diferentes plataformas, como dispositivos móveis e computadores.