em 28 de novembro de 2023
Há sempre uma relação entre as pessoas e o mundo à volta delas. Sejam lugares, objetos, marcas ou até mesmo outras pessoas. Todos esses fatores contribuem para que elas interajam com o externo e se sintam parte do todo.
Mapeamos 8 tendências do comportamento do consumidor para 2024 que exploram alguns desses fatores, que de certa forma revelam como interagimos em sociedade, com as marcas, as organizações e com todo esse ecossistema.
Costumava haver um caminho e um conjunto claro de parâmetros a serem alcançados para ter uma vida considerada de “sucesso”.
Agora, seja pela oportunidade ou necessidade, as pessoas estão questionando tudo aquilo que antes era considerado óbvio, desafiando conceitos e moldando novas formas de pensar, agir e viver.
Ir à escola, fazer faculdade, se formar, casar, comprar a casa própria, subir na carreira, ter filhos e se aposentar – esse era o ideal de vida que as pessoas tinham.
Estamos vivendo uma década de desconstrução e o impacto nos sistemas e serviços será de grande alcance.
O antigo modelo foi estruturado em uma época em que poucas mulheres trabalhavam, poucas pessoas perseguiam na escola além das séries iniciais, os empregos eram mais vitalícios, um salário era suficiente para o sustento de uma família, a expectativa de vida era mais baixa e muitos outros fatores.
Tanto em um nível individual, quanto social, as pessoas estão a repensar as características ou marcos de vida e a traçar caminhos diferentes.
As novas ferramentas de inteligência artificial estão evoluindo cada vez mais para se tornarem cocriadoras dos consumidores, influenciando suas decisões e suas experiências com as marcas.
Essa é uma tecnologia que ficará profundamente integrada à nossa vida cotidiana. É por isso que as empresas precisam aproveitar a IA generativa para melhorar a personalização e enriquecer a experiência do cliente.
72% dos consumidores usaram tecnologia para melhorar sua vida diária em 2023, segundo a Euromonitor International Voice of the Consumer: Lifestyles Survey.
Um exemplo que podemos citar e que foi parar na boca de muita gente foi o ChatGPT, um chat que utiliza a IA generativa que oferece soluções em texto para diferentes tipos de questionamentos e solicitações.
Em menos de dois meses a ferramenta atingiu mais de 100 milhões de usuários, tornando-se um dos aplicativos de usuários que mais cresce ao longo da história. Além de uma série de outros aplicativos e ferramentas que utilizam a IA generativa também apresentaram rápido crescimento.
As pessoas estão usando essa ferramenta para elaborar currículos, planejar viagens, restaurar músicas, na educação e aprendizagem e muito mais. Uma coisa é certa, o impacto dessa tecnologia não pode ser ignorado e as empresas que optarem por utilizar a IA em suas estratégias estarão à frente da curva.
Vivemos em uma sociedade cada vez mais acelerada. E nessa busca pela fuga do estresse e da ansiedade causados pelas responsabilidades do dia a dia, os consumidores encontram um ponto de alívio e até mesmo felicidade em conteúdos leves e engraçados, que os fazem liberar suas tensões.
Cerca de 29% se sentem confortáveis com as marcas monitorando suas emoções e personalizando experiências de acordo com o seu humor, segundo a Euromonitor International Voice of the Consumer: Digital Survey.
Os consumidores querem compensar a agitação da vida cotidiana com distração e diversão, e essa é uma ótima oportunidade para que a sua marca esteja presente durante o momento “relax” do consumidor.
29% dos consumidores se sentiriam confortáveis com as marcas monitorando suas emoções e personalizando experiências de acordo com seu humor, segundo a Euromonitor International Voice of the Consumer: Digital Survey.
As marcas que encontrarem oportunidades de felicidade, desde pontos de contato até campanhas, construirão conexões fortes com os clientes.
Por outro lado, é preciso ter cuidado para não criar conteúdos que sejam réplicas de outros e que percam o senso de diferenciação que encanta o cliente.
No entretenimento, o equilíbrio entre novidade e familiaridade é importante. Por outro lado, ela pode gerar complacência e diminuir a excitação. De acordo com um inquérito YouGov, 45% dos entrevistados globais consideram as experiências de compra monótonas.
O grande pulo da gato para as marcas será a diferenciação. O que é novo naturalmente gera entusiasmo, o que leva a conexão.
O sucesso das marcas depende há muito tempo da sua capacidade de se diferenciarem dos concorrentes, de oferecerem produtos, serviços e conteúdos que realmente se destaquem por serem melhores, mais convenientes ou mais criativos.
Os consumidores estão tendo práticas cada vez mais conscientes quanto aos impactos que suas ações têm sobre o planeta, e isso, respinga lá na frente, ou seja, na hora da compra.
Eles sabem que suas ações são eficazes até certo ponto, mas se esse não for um esforço de responsabilidade coletiva, eles estarão se distanciando cada vez mais de um cenário considerado ideal.
Quem consome têm percebido que suas contribuições individuais não podem fazer muito e estão ignorando as mensagens que pesam sobre seu comportamento. Em vez disso, eles querem que as empresas apresentem provas de seus compromissos tecnológicos.
As questões políticas e sociais estão no centro das decisões do consumidor e essas iniciativas também são fatores de decisão de compra e consumo.
Os consumidores não irão fugir de suas crenças. Certos clientes compram de marcas que se alinham com seus valores. As compras geralmente refletem as causas pelas quais eles se preocupam ou desejam ser vistos.
52% dos consumidores só compraram de empresas ou marcas em que confiavam totalmente em 2023, segundo a Euromonitor International Voice of the Consumer: Lifestyles Survey.
Uma forte tendência para 2024, segundo a WGSN, diz respeito ao aumento dos preços, o que por sua vez, irá acarretar em consumidores mais precavidos.
Economizar dinheiro continua sendo uma prioridade, mas os compradores irão procurar novas maneiras de esticar suas carteiras.
Os consumidores querem ter a melhor aparência e sentir-se no seu melhor, o que não é novidade. Porém, a diferença é que dessa vez eles estão adotando uma abordagem mais realista, livre de dietas restritas, procedimentos invasivos e tratamentos demorados.
85% dos consumidores estariam dispostos a pagar mais por produtos de beleza com eficácia ou benefícios comprovados, segundo a Euromonitor International Voice of the Consumer: Beauty Survey.
O social commerce, ou comércio social, em inglês, é quando as marcas usam as mídias sociais para vender seus produtos e serviços, ao invés de depender apenas de uma loja virtual ou física.
O que torna o social commerce uma das grandes tendências é que muitas pessoas já aderiram a ele.
Entre as redes mais populares para comprar, o Instagram obteve maior preferência por quase metade das pessoas entrevistadas no relatório “Tendências de varejo 2024”, da Opinion Box.