em 13 de abril de 2022
Entre os gêneros televisivos, um dos mais comentados e que geram maior repercussão no Brasil são os reality shows: 77% dos brasileiros assistem a TV aberta regularmente e 25% assistem a reality shows com frequência.
Você já deve ter presenciado alguma conversa de corredor sobre o último eliminado ou algum debate acalorado na internet sobre os temas levantados em um reality show. Isso porque, 6 em cada 10 brasileiros têm os realities como parte de suas vidas.
Números expressivos, certo? Vamos conferir ao longo do artigo quem são esses espectadores e de que forma os anunciantes podem impactar esse público através de suas estratégias.
De acordo com pesquisas, os Millennials, atualmente na faixa dos 30 e 40 anos de idade, estão entre o público que mais consome reality shows. Além dos Boomers, que estão acima dos 60 anos.
E até mesmo a Geração Z, os nascidos após os anos 2000 estão atentos aos realities. Ou seja, o formato já é consagrado entre grande parte dos públicos.
89% dos brasileiros já assistiram a um reality show, em tv aberta ou fechada. Entre os queridinhos do público, estão os realities de comida e gastronomia (50%), convivência e vida cotidiana (39%), música (31%) e ciência e tecnologia e transformação pessoal (26%).
Boa parte do sucesso da produção se deve a escolha dos participantes. O casting das edições deve ser capaz de despertar a emoção dos telespectadores. Seja através da empatia ou através de repulsa.
“Telespectadores se veem nas situações vividas pelos participantes, torcem por eles e compartilham o entusiasmo da competição”.
A projeção parece ser uma das grandes chaves para o sucesso dos realities. Tanto para o amor, como para o ódio aos participantes, estamos traçando paralelos com a nossa vida e com nossos conhecidos ao assistir ao programa.
A MindMiners aponta que os desafios e provas são os grandes responsáveis por atrair e manter a audiência. “É difícil assistir às provas e desafios sem imaginar como nos sairíamos no lugar dos participantes”.
A competitividade (49%), as provas de superação (35%) e os conflitos e debate entre participantes (32%) são as dinâmicas mais esperadas.
A participação das celebridades vêm garantindo que os realities sejam um sucesso inegável há anos. Existe um certo fascínio em acompanhar os famosos vivendo situações cotidianas.
Afinal, mesmo com a impressão de intimidade que as redes sociais proporcionam, acompanhar o ídolo lavando louça, cuidando de animais ou até mesmo protagonizando os marcantes “barracos” chama atenção de qualquer fã.
Além de uma sensação entre o público, o formato de reality show representa sucesso também para os anunciantes envolvidos. Aparentemente, isso se deve a dois motivos: faturamento e reconhecimento de marca.
O formato reality show é interessante para quem promove e para quem se associa, por conta da previsibilidade de receita publicitária. Ao lançar uma edição, há expectativa alta de faturamento e as marcas envolvidas são fortemente lembradas.
Além da lembrança de marca, será que o terceiro gênero mais assistido da televisão realmente converte vendas e aumenta a consciência de marca dos anunciantes?
Ainda que 31% das pessoas assistam de 3 a 4 horas de televisão por dia, a forma de consumo mudou. Enquanto assistem a tv, 72% utilizam o celular.
69% da exposição às mídias atualmente é através de telas. Se compararmos com outros meios, como rádio, jornal e revistas (31%) o número é expressivo. Ou seja, o comportamento de consumo de mídia está mudando: 82% dos telespectadores realizam outras atividades enquanto assistem programas de reality, sempre ou às vezes.
O consumidor tornou-se multitela. Assistindo televisão enquanto acessa as redes sociais ou trabalhando no computador enquanto a televisão está ligada, está constantemente migrando de tela em tela e sempre conectado a algum dispositivo.
Essa mudança coloca o consumidor num cenário novo de participação e colaboração, construindo e opinando na programação televisiva, através das redes sociais. Chegou a hora dos anunciantes elaborarem suas estratégias com consciência sobre esse novo perfil de consumidor.