em 17 de junho de 2022
A mídia out of home (ooh), é a principal mídia a atingir um público amplo em seus trajetos diários. Bons pontos de mídia externa levam seu anúncio para locais de alta circulação pública: como avenidas, shoppings, metrôs, parques e prédios.
Tenho certeza que quando falamos em mídia externa, você se lembra dos tradicionais outdoors, que ficam expostos em vias de grande circulação. E talvez você esteja se questionando o quanto esse tipo de publicidade parece incabível nos dias atuais, onde o futuro do consumo pede propostas cada vez mais modernas: digitais e personalizadas.
Mas diferente dos meios tradicionais, a mídia externa não pode ser desligada e dificilmente é ignorada. Ainda que de forma inconsciente, sua mensagem será captada. Tamanho potencial de alcance impulsionou os players do meio a desenvolver novas estratégias de digitalização e modernização de mídia out of home.
Os tipos de mídia out of home são diversos! Infinitas opções entre outdoors, postêres, backlights, frontlights, busdoor e relógios de rua.
As formas de consumo de hoje, não são mais as mesmas de 10 anos atrás e a publicidade precisou acompanhar essas mudanças com novas formas de anunciar: mais interativas, mais dinâmicas e claro, digitais.
A publicidade out of home com movimento é 2,5 vezes mais impactante do que seus correspondentes estáticos, segundo um estudo da Ocean and Neuro-Insight. Por isso, a digitalização é tão importante para se destacar em meio aos concorrentes.
Os painéis digitais e interativos são excelentes alternativas para fugir do óbvio, e alguns exemplares já são comuns no Brasil. Painéis de alta definição em 3D possibilitam uma série de interatividades, entre elas o uso de QR codes e interação direta entre o consumidor e o painel.
Recursos interativos captam muito bem o público, porque o inserem no contexto e divertem (e até mesmo assustam, como o vídeo acima). A utilização de recursos de realidade aumentada em painéis interativos, é uma tendência que pode diferenciar os anunciantes.
Entre as inovações da mídia ooh, surge a utilização de plataformas de mídia programática como recurso para oferecer agilidade e precisão. Para contextualizar: todo o processo de compra de mídia programática é feito de forma online, através de lances de leilão em uma plataforma.
O uso de programática, focado em mídia externa, possibilita mídia geolocalizada, segmentação precisa de público e otimização de campanhas para obter o melhor resultado possível. Ao final da campanha, esses recursos possibilitam ao anunciante um relatório completo, com a faixa etária, profissão, gênero, comportamento, interesses, hábitos e outros dados do público impactado pelas mídias.
A mídia programática visa propagar os anúncios de forma assertiva, de modo que eles atinjam um público-alvo específico. Já amplamente utilizada na internet, recentemente passou a ser utilizada para a mídia externa.
O 5G promete impulsionar a forma como nos relacionamos com a internet e essas mudanças vão acelerar os resultados da mídia externa. Isso porque, quanto mais dispositivos conectados, e com qualidade na conexão, menores serão as dificuldades de veiculação e maiores são as chances das campanhas atingirem níveis satisfatórios de interatividade.
A rede 5G vai dar dinamismo e agilidade ao cruzamento de dados e a coleta destes. Aliada a inteligência artificial permitirá a interatividade em tempo real e a transferência de dados entre os diversos dispositivos, com isso teremos uma publicidade muito mais inteligente, e cada vez mais omnichannel – essa que já é uma das atuais tendências de varejo eletrônico, e que veio para revolucionar as relações de consumo.
No final do dia, procurar o anunciante nas redes sociais, fotografar o criativo exposto ou até mesmo comprar assim que for impactado pela mídia, vão ser operações muito mais rápidas e fáceis, tornando a comunicação entre anunciante e usuário impactado, cada vez mais rica e assertiva.
A Netflix se uniu à Ogilvy Paris para fazer uma campanha de outdoors digitais no metrô de Paris. Cada outdoor possuía uma série de gifs piscantes que foram retirados da biblioteca de filmes e séries da plataforma. Para que a experiência ficasse ainda mais divertida e completa, a campanha leva em consideração qual o horário do dia. Afinal, conforme o dia vai passando, a faixa etária do público do metrô também muda.
Além disso, a ação também levou em consideração a temperatura e as condições climáticas: se está chovendo, nevando ou fazendo muito calor. Conforme a sociedade parisiense expressava suas emoções e seus momentos de timing, os gifs eram acionados.
O Boticário, em parceria com a série Bridgerton, uma das mais assistidas da história da Netflix, criou uma experiência olfativa e sensorial no metrô da estação Paulista, em São Paulo.
A empresa de cosméticos lançou sua nova fragrância Floratta My Blue. E para aumentar seu alcance de divulgação, ela envelopou o túnel da linha amarela, que leva as pessoas até as catracas. Assim, todos que passaram por ali, se sentiram envoltos em um jardim. A ação simulou um extenso gramado com flores e continha alguns personagens da série expostos nas laterais.
Quando o consumidor atravessava o gramado, sentia o cheiro de flores do perfume, que se espalhava pelo corredor. Assim, as pessoas se teletransportavam para o universo da série, promovendo uma verdadeira experiência olfativa e sensorial para quem passasse por ali. E no final do corredor, um QR code mostrava um mapa que direcionava o usuário aos locais mais românticos da cidade.
Não é apenas fora do Brasil que encontramos essas inovações, o Floripa Square é o maior painel de LED localizado no topo de um prédio e o primeiro para conteúdo 3D em toda a América Latina. Ele fica localizado na parte continental de Florianópolis, Santa Catarina, a 50m acima do nível do mar, contando com 350m de área.
Valton Werner Jr, CEO do Floripa Square, comenta que a tela é resultado de muito planejamento, pesquisa e desenvolvimento. O que exigiu uma engenharia diferenciada, uma estrita atenção aos marcos legais e uma série de diferenciais e adequações que resultaram nesse painel de led sustentável, que consume energia de fontes 100% renováveis e têm o selo Carbon Free.
“Há seis meses, ativamos a Megatela trazendo para Florianópolis a primeira exposição outdoor de CriptoArte 3D do mundo, e desde então, marcas nacionais e internacionais vêm progressivamente incrementando a participação da capital catarinense no circuito das principais campanhas de mídia DOOH no Brasil” – menciona Werner.
Como já comentamos, a mídia exterior não pode ser evitada, ela não pode ser desligada. Pois está inserida em ambientes que já fazem parte da rotina das pessoas, nos mais variados espaços e das mais variadas formas.
Milhões de pessoas circulam diariamente, e você pode escolher se quer que a sua publicidade atinja a população em massa ou um público segmentado. Para isso você pode fazer uso dos dados demográficos e da geolocalização.
Ter real dimensão das métricas de mídia ooh sempre foi um desafio, mas com o avanço de algumas ferramentas, esse cálculo tem se tornado cada vez mais preciso.
Os municípios costumam divulgar dados estatísticos do número de pessoas e de veículos que circularam por determinadas vias e regiões.
Mas você também pode medir o alcance e o tempo desse alcance por meio de sensores wi-fi, beacons acoplados, Bluetooth, GPS ou plataformas de detecção de pessoas e objetos.
A mídia out of home tem muitos recursos a oferecer e as possibilidades são várias. Atualmente ela é o meio que se encontra na terceira posição de faturamento publicitário em compra de mídia no Brasil, atrás apenas da TV e da internet, além de estar em uma crescente desde 2017, (de acordo com o CENP-Meios). Encontre as melhores formas de explorar as possibilidades de ooh e alie esse formato de mídia a sua estratégia.