Criadores e influenciadores: a nova era da comunicação digital

Entenda como os criadores de conteúdo digital se tornaram aliados estratégicos das marcas na construção de comunidades.

Agência Hugz Thaís Dreveck

Conteúdo produzido em parceria com

Agência Hugz e Thaís Dreveck

em 17 de julho de 2025

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    A ascensão dos criadores e influenciadores marca uma virada definitiva no modo como consumimos informação, nos conectamos com marcas e moldamos conversas culturais.

    Se antes o conteúdo era centralizado em grandes veículos ou produzido sob os olhos atentos de editores, hoje ele nasce nos quartos, nos celulares e nos feeds de quem entendeu que criar é também influenciar.

    Mais do que uma tendência, trata-se de uma nova lógica de comunicação. Uma lógica descentralizada, participativa e profundamente conectada às comunidades.

    Mulher adolescente afro-americana usando um smartphone.

    Os criadores digitais contribuíram para que houvesse uma redefinição no ecossistema da comunicação. Imagem: Reprodução/ iStock

    Da audiência à comunidade: o poder dos criadores

    Criadores de conteúdo deixaram de ser apenas entretenimento. Tornaram-se hubs de diálogo, pertencimento e construção coletiva.

    A lógica da audiência, passiva e numérica, vem dando lugar a uma relação mais densa, baseada em confiança e interação real.

    É nesse cenário que o foco em “seguidores” perde espaço para métricas mais qualitativas, como engajamento e construção de comunidade.

    Símbolo de seguidor de mídia social e mãos em vetor de colagem retrô.

    A ascensão dos criadores de conteúdo digital representa uma mudança estrutural no ecossistema da mídia. Imagem: Reprodução/ iStock

    A autenticidade, antes tratada como valor simbólico, hoje é uma moeda de troca. Não basta ser visto. É preciso ser crível, próximo e verdadeiro.

    Criadores que conseguem transmitir essa conexão genuína constroem vínculos mais duradouros, e com isso, influência real.

    Criadores como a nova imprensa

    A transformação é profunda. Em muitos aspectos, os criadores digitais são a imprensa do nosso tempo.

    Nos primórdios, livros eram acessíveis apenas a poucos, até que a prensa de Gutenberg descentralizou o saber. Agora, algo semelhante acontece no ambiente digital. Com um smartphone, qualquer pessoa pode ser veículo, voz e mensagem.

    Plataformas como YouTube, Instagram, TikTok e Substack se tornaram espaços de disseminação de ideias e criação de narrativas.

    Principais plataformas de mídia social na tela de um celular, como Instagram, TikTok, Facebook e YouTube. Elas são muito utilizadas por criadores e influenciadores.

    O marketing tradicional cede espaço ao marketing de pertencimento. Imagem: Reprodução/ iStock

    O impacto é direto: os profissionais de marketing e comunicação passam a concorrer, e também a colaborar com esses novos agentes. Em vez de vê-los como ameaça, o movimento mais estratégico é entender sua potência como aliada.

    Criadores são novas engrenagens no ecossistema de conteúdo, e trabalhar com eles pode ampliar o alcance, a relevância e o impacto de qualquer mensagem.

    Creator economy: profissionalização e novas dinâmicas

    A chamada creator economy impulsionou essa transformação. Com o crescimento do mercado, os criadores passaram a operar como verdadeiros negócios.

    Eles usam plataformas de monetização como Twitch, Patreon e Sparkle, trabalham com contratos, têm agências, e até gerenciam sua imagem com profissionalismo.

    Essa estrutura não apenas sustenta a produção de conteúdo como redefine o papel da mídia.

    Estudante asiática estudante online estudando aulas online de vídeo zoom professor

    A creator economy não é só uma tendência, é mercado. Imagem: Reprodução/ iStock

    Ao contrário dos veículos tradicionais, os criadores operam com espontaneidade, proximidade e fluidez, características cada vez mais valorizadas em um ambiente saturado de estímulos e cada vez menos tolerante ao institucional.

    Influenciadores como mídia: autoridade, linguagem e narrativa

    Nesse contexto, influenciadores não são apenas divulgadores de produtos. Eles se tornaram canais de mídia próprios, com linguagem, estilo e valores que os seguidores reconhecem.

    Essa personalização do discurso é uma das razões pelas quais a colaboração entre marcas e criadores ganha força.

    Mais do que cliques ou vendas, os criadores ajudam a construir narrativas de marca. Através de parcerias criativas, muitas vezes são eles que traduzem o posicionamento de uma empresa para a linguagem da internet, com autoridade, clareza e identificação.

    Entre influência e estratégia: o novo papel nas marcas

    Marcas que entendem o momento têm buscado mais do que inserções pontuais. Procuram cocriar com creators: produtos, plataformas, experiências.

    Casos como o de creators que participam da concepção de linhas exclusivas ou campanhas narradas por suas vozes são cada vez mais comuns.

    Pessoa organizando smartphone para gravação de conteúdo.

    De divulgadores a parceiros estratégicos: criadores de conteúdo digital agora cocriam campanhas, produtos e narrativas com as marcas. Imagem: Reprodução/ iStock

    Essa movimentação impacta o branding, o awareness e até mesmo os resultados de performance. E o motivo é simples: o público confia mais em quem fala com ele como pessoa, não como marca.

    A força dos microcriadores e das comunidades de nicho

    Dentro desse universo, um grupo se destaca: os microcriadores. Especialistas ou entusiastas em seus nichos, eles conquistam audiências menores, mas extremamente engajadas.

    O diferencial está na confiança. Seus conteúdos integram os produtos à rotina com naturalidade, sem parecerem roteiros publicitários. É um marketing mais genuíno, menos invasivo, e que acaba se tornando mais eficaz.

    Mão passando o pincel pelo quadro e selecionando um grupo de pessoas.

    Microcriadores e comunidades de nicho conduzem conversas relevantes e confiáveis. Imagem: Reprodução/ iStock

    À medida que essas vozes crescem, cresce também a importância de uma abordagem mais cuidadosa por parte das marcas.

    Adaptar-se a essa nova lógica exige mais escuta, flexibilidade e disposição para dividir protagonismo.

    Adaptar, colaborar, evoluir

    A comunicação digital vive uma reconfiguração profunda. A presença dos criadores, a consolidação da creator economy e a busca por autenticidade desenham um novo cenário.

    Para os gestores de conteúdo, isso representa um convite, ou melhor, um chamado: colaborar, não competir.

    A criatividade, a influência e o poder de conexão dos criadores digitais não são uma ameaça ao marketing tradicional. São uma expansão dele. E quem souber trabalhar junto, com estratégia e respeito, tende a colher os melhores resultados nessa nova era da comunicação.

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