em 13 de junho de 2025
A forma como as marcas interagem com o público no streaming não é mais a mesma.
A Geração Z não está atrás de tendências, hoje ela está atrás do que é pessoal. E é esse consumo movido pela nostalgia e pessoalidade, que impulsiona os fãs e traz à tona essas novas descobertas.
O estudo “The Stream 2025” da Tubi, com insights da The Harris Poll, oferece uma análise aprofundada do panorama do streaming, revelando preferências e comportamentos do público.
42% da Gen Z afirma que assiste a streaming com outras pessoas na vida real. Imagem: Reprodução/ iStock
Ele é estruturado em diferentes partes que exploram as tendências de streaming, com temas como o aspecto social do streaming, a busca por novas histórias, a “newstalgia” (busca por conteúdo mais antigo) e a fadiga do streaming.
A pesquisa destaca que muitos espectadores valorizam o streaming como uma fuga diária e tendem a preferir assistir a programas em vez de rolar as mídias sociais.
Além disso, o relatório aborda a aceitação da publicidade em troca de conteúdo gratuito e as motivações por trás do cancelamento de assinaturas, oferecendo pontos-chave para os profissionais de marketing que operam nesse setor.
Preparamos um resumo dos principais tópicos para te ajudar a entender o que muda, para você se encontrar no meio de tantas transformações.
O streaming se tornou uma forma de conexão e interação social. A Geração Z, por exemplo, usa mídias sociais para interagir com pessoas que assistem ao mesmo conteúdo (31%), assiste pessoalmente com outras pessoas (42%), e troca mensagens com amigos e familiares (42%).
Os comportamentos e preferências dos consumidores exigem que as plataformas de streaming se adaptem. Imagem: Reprodução/ iStock
70% da Gen Z sente-se “vista” quando um serviço de streaming os ajuda a encontrar novos programas ou nichos.
Um dos pontos levados em consideração no relatório foi sobre o compartilhamento de senhas dos consumidores.
A restrição ao compartilhamento de senhas é uma frustração que pode levar ao cancelamento de assinaturas para 45% dos espectadores, um aumento de 5% em relação ao ano anterior.
Os “bloqueios de senha” são listados como uma das frustrações que levam os espectadores a cancelar suas assinaturas de streaming.
Aproximadamente 45% dos espectadores concordam que os bloqueios de senha são uma frustração, com um aumento de 5% ano a ano.
Esta partilha está ligada a um nível de compromisso com o serviço e pode ser uma preocupação para os espectadores.
O streaming atua como uma forma de escapismo e relaxamento por uma combinação de fatores psicológicos, sociais e culturais.
59% dos consumidores recorrem a ele quando precisam de uma pausa mental, e 80% dos espectadores preferem assistir a um programa de TV ou filme a rolar nas mídias sociais.
Os espectadores encaram o streaming como uma fuga diária e um alívio mental. Imagem: Reprodução/ iStock
Isso ocorre porque as plataformas de streaming oferecem narrativas envolventes, com séries, filmes, realities, que transportam as pessoas para outros mundos, histórias e realidades. Isso ajuda a fugir dos problemas cotidianos, mesmo que por pouco tempo.
Outro ponto levantado no relatório é a respeito de como o streaming pode impactar a produtividade diária e as rotinas dos espectadores.
53% da Geração Z já adiou o trabalho para terminar de assistir a um programa. Além disso, 52% dizem que não querem voltar ao escritório para não perder o streaming durante o dia de trabalho, e 38% assistem streaming no local de trabalho.
O usuário precisa encontrar um equilíbrio entre o consumo de conteúdo popular, a busca por nichos e interesses pessoais, e a ética ao consumir em ambientes que exigem mais encargos.
Entre a Geração Z, se destaca a demanda por narrativas inéditas e conteúdo original. Os espectadores estão “sedentos por histórias que ainda não foram contadas”.
73% da Gen Z prefere conteúdo original em vez de franquias/remakes, e 72% desejam ter mais voz no tipo de conteúdo que é produzido.
Os espectadores estão ávidos por novas histórias. Imagem: Reprodução/ iStock
Os nativos digitais exploram a tendência de buscar e redescobrir conteúdo mais antigo. Contrários à preferência por remakes, como mencionamos no tópico acima, 96% dos espectadores encontram motivos para assistir a conteúdo lançado há mais de 10 anos.
E 82% da Geração Z navega em serviços de streaming para descobrir conteúdo mais antigo.
É preciso olhar para os desafios e frustrações que levam à “fadiga de streaming“, como custos elevados. Os espectadores gastam em média US$ 129/mês em streaming e TV a cabo.
76% da Geração Z consideraria ou já encerraria sua assinatura devido a um aumento de preço. Outras frustrações incluem conteúdo irrelevante (65%) e remoção de conteúdo (54%).
O relatório também aborda o problema do excesso de conteúdo e a dificuldade de escolher o que assistir.
Os espectadores se sentem exaustos ao peneirar as escolhas disponíveis. Imagem: Reprodução/ iStock
63% dos espectadores se sentem exaustos por ter que peneirar as opções. 71% da Geração Z concorda que “depois de um longo dia, a última coisa que quero fazer é decidir o que assistir no streaming“.
74% dos espectadores dizem que as plataformas de streaming facilitam a tomada de decisão ao sugerir conteúdo de seu agrado.
Uma opção seria aprimorar os sistemas de recomendação para que “entendam” o espectador e ofereçam conteúdo altamente relevante.
Quando conduzimos o foco para a percepção da publicidade no streaming, é possível notar que embora anúncios possam ser disruptivos, eles são mais bem-vindos se forem relevantes e servirem ao espectador, ou se forem uma troca justa por conteúdo gratuito.
O que se pode destacar do estudo é a importância de oferecer conteúdo familiar e nostálgico, o papel das plataformas gratuitas para descoberta, o poder dos fãs na criação de conteúdo, a necessidade de plataformas que “entendam” o espectador, e a importância de anúncios que sejam relevantes e de impacto.