em 27 de junho de 2022
No Brasil, 63 milhões de pessoas acessam dois tipos de tela (TV + PC) e 30 milhões acessam três (TV + PC + Smartphone, segundo a Think with Google. Uma leva de nativos digitais, hiperconectados, que estão transformando o relacionamento das marcas com os consumidores e o futuro do consumo.
E entre esses, a Geração Z, que é formada pelos nascidos entre os anos de 1995 a 2010 (nem todos os autores concordam sobre o período exato), e é a primeira geração originariamente 100% digital.
98% dos jovens dessa geração estão conectados à internet. O que parece um número “normal”, mas quando olhamos para a faixa etária de Baby Boomers (os nascidos entre 1946 e 1964) o percentual vai para 25% – cerca de 1/4 do público acima de 60 anos está constantemente conectado.
Apesar de serem conhecidos como a geração que não consome TV, o estudo da Kantar revelou que 76% da Geração Z consome TV e internet ao mesmo tempo. Curioso, né?!
A média de tempo passada pelos nativos digitais nesse ciberespaço é maior do que a média do restante da população. Ou seja, os consumidores da Geração Z passam muito mais tempo conectados do que usuários de qualquer outra faixa etária, segundo uma empresa que é líder global em inteligência de mídia.
Além de passarem 1 hora e 19 minutos mais tempo conectados do que o restante da população, 98% dos internautas da Gen Z (como são conhecidos) se conecta via celular, enquanto o resto da população corresponde a 95% de conexões via mobile.
A possibilidade de se conectar de qualquer lugar, em qualquer hora e com praticidade é o principal fator que leva os usuários a fazerem uso dos dispositivos mobile. Mas essa não é a única forma de conexão, afinal estamos falando de uma geração multitelas.
No gráfico abaixo você pode conferir a porcentagem de consumidores que se ligam a internet por outros meios, além dos celulares. Os Computadores/Notebooks se encontram em segundo lugar com 37%, seguido pela Smart TV com 25% e Videogame com 5%.
O consumo das redes sociais pelas pessoas dessa geração é amplamente significativo. Estamos falando dos nativos da comunicação rápida: stories e vídeos curtos, sempre são preferíveis, em comparação com publicações longas compartilhadas no feed ou na linha do tempo.
O estudo “Geração Z e o Consumo de Conteúdo“, da UOL em parceria com a MindMiners, destacou os principais interesses da Geração Z em diferentes áreas. No lazer e cultura, a música lidera o consumo de conteúdo, com 58% de preferência, seguida por entretenimento (56%), humor/comédia/memes (51%), jogos (45%) e cinema (42%).
Já em conteúdos informativos, a tecnologia é o tema mais atraente, citado por 42% dos entrevistados, com educação (32%), empreendedorismo (22%), política (17%) e negócios (17%) na sequência.
Na categoria de bem-estar e estilo de vida, saúde desperta o maior interesse (39%), seguida de beleza (37%), pets (30%), cursos e desenvolvimento pessoal (29%) e moda (28%).
A Geração Z consome conteúdo em diversas plataformas, sendo ativa principalmente no YouTube (73%), Instagram (66%), WhatsApp (60%), TikTok (45%) e Netflix (44%). Além disso, 81% está aberta a experimentar novas plataformas, e 61% dos usuários de WhatsApp participam de grupos e canais de transmissão.
Quando se trata de marcas, 59% considera relevante a publicidade em sites e plataformas. Os elementos que mais atraem são a criatividade (54%), informações úteis (48%), qualidade visual (45%), autenticidade e transparência (38%) e humor (36%).
Conforme já vimos, a Gen Z é a geração responsável por ficar mais tempo conectada, e por consequência, consumir muito mais conteúdo, principalmente nas redes sociais. Ao olhar pra esses dados, é evidente que as marcas precisam ampliar sua presença onde essa geração está.
Criar laços com os indivíduos dessa geração é fundamental, afinal eles são os grandes consumidores do futuro. Algumas empresas já têm recorrido ao investimento em presença digital. Afinal, para alcançar os nativos digitais, é preciso se inserir onde eles estão.
Um exemplo de marca tradicional que se inseriu no meio digital para alcançar esse grupo, é a Folha de São Paulo. Um dos jornais mais tradicionais do Brasil, que têm um público de leitores mais distante da realidade dos nascidos da Geração Z, criou um perfil no Tik Tok para informar de forma dinâmica e didática, construindo uma relação e captando de uma vez por todas a Geração Z.
Outro exemplo de sucesso foi o da campanha que o Google realizou para divulgar as atualizações de busca que foram implementadas na plataforma. Com apenas seis dias de veiculação, o anúncio já contava com mais de 33 milhões de visualizações. O vídeo de apenas 30 segundos realizado em parceria com Rafael Portugal, Pepita e Tatá Werneck mostra de uma forma divertida como fazer pesquisa por voz e por imagens.
O grande diferencial da campanha e o que fez com que ela alcançasse tantas pessoas, foi justamente ter sido veiculada 360º com ativos no próprio Google, Youtube, televisão e mídia externa.
Conforme as empresas vão marcando presença no meio digital, mais chances elas têm de gerar intimidade e engajamento com a marca. O grande desafio é atingir o consumidor em todos os pontos de contato, estando presente em todos os canais, já que as campanhas vão precisar ser multiplataforma pra atingir com sucesso um público que é multitelas.